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Estado de Minas

Cresce número de indicações políticas entre servidores estaduais

Levantamento do IBGE mostra que 10.386 servidores sem concurso público foram nomeados pelos governos estaduais no ano passado, elevando para 115 mil o número desses funcionários


postado em 14/03/2014 06:00 / atualizado em 14/03/2014 07:40

O número de servidores estaduais que ingressaram na administração pública em todo o país por meio de indicações políticas aumentou 9,9% no ano passado, em relação a 2012. Segundo levantamento divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em informações de 26 estados e do Distrito Federal, o total de funcionários comissionados – que não precisam passar por concursos – chegou a 115,5 mil em 2013, o que representa um aumento de 10.386 servidores. Em Minas, o aumento de comissionados no serviço público foi de 10,2% em 2013, passando de 3.104 para 3.422 servidores.


A maior parte das indicações políticas acontece nos cargos da administração direta. Se consideradas apenas as indicações para órgãos ligados a execução de atividades administrativas, como secretarias de Estado e órgãos autônomos, o crescimento dos apadrinhados foi ainda maior nos últimos dois anos. Em 2012 as cadeiras nos principais órgãos dos executivos estaduais eram ocupadas por 74,7 mil servidores indicados. No ano passado o número chegou a 83,9 mil, um aumento de 12,2%.

Já na administração indireta – em que servidores atuam em autarquias, empresas públicas, fundações e sociedades de economia mista – houve uma redução de 23,7% no número de funcionários sem concurso. Em 2012 eram 510 mil pessoas atuando no setor, número que caiu para 389 mil em 2013. De acordo com o levantamento, a soma de todos os funcionários públicos dos estados representa 1,6% da população do país.

O IBGE avaliou também os investimentos realizados na área da saúde em relação ao orçamento de cada estado. Tocantins, Minas Gerais e Pernambuco foram os três estados que mais enviaram verbas para o setor, proporcionalmente. Tocantins gastou R$ 1,3 bilhão na saúde, o que corresponde a 16,9% de seu orçamento e Minas gastou R$ 5,7 bilhões, 16,3% dos recursos do estado. Na outra ponta da tabela está o Rio de Janeiro, que investiu R$ 5 bilhões na saúde, que representa apenas 7,3% do orçamento estadual.

Minas Gerais aparece em destaque como o estado que mais destina recursos para órgãos ambientais. Foram empregados 7% do orçamento de 2012, entre verba própria, transferências voluntárias e taxas de licenciamento e fiscalização. A média da região Sudeste é de gastos de 3% na área. Espírito Santo e São Paulo usaram apenas 1% do dinheiro disponível naquele ano. Minas também realiza ações financiadas pelo Fundo Estadual de Meio Ambiente, como manejo florestal, monitoramento ambiental, proteção de recursos hídricos e do solo, educação ambiental e recuperação de áreas degradadas.

O território mineiro também está à frente no Conselho Estadual de Meio Ambiente, o terceiro a ser criado no país, em 1977. No ano passado, foram feitas 159 reuniões, muito além da média nacional, de 12 encontros por ano. Em seguida, vem a Bahia, com 30 encontros. No entanto, Minas mantém cooperação com apenas sete de seus 853 municípios, o que corresponde a 0,8% deles. No Espírito Santo, por exemplo, esse diálogo é feito com 45,6% da cidades.

GÊNERO Os bons resultados de Minas em relação às políticas para saúde e meio ambiente não se repetiram na política para a mulher. O estado, apesar de ser o segundo em número de delegacias especializadas, com 65 unidades, atrás de São Paulo, com 125, está entre os três do país que contam apenas com a Coordenadoria Especial de Políticas para as Mulheres, sob o comando da Subsecretaria de Direitos Humanos e não possui recursos próprios. Em outros estados, existem órgãos específicos para tratar do assunto.

O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher em Minas teve apenas apenas seis reuniões em 2013, um dos piores índices, ficando atrás apenas de Alagoas, que realizou um encontro, e Ceará e Rio Grande do Norte, que nem fizeram reuniões. “Minas tem uma situação bem avançada na política das mulheres. Foi o primeiro a criar o Centro Integrado de Atendimento à Mulher, com todos os órgãos reunidos em um mesmo espaço para facilitar atendimento. Mas temos muitos desafios, como a ampliação do atendimento para o interior do estado”, disse a presidente do Conselho Estadual da Mulher, Neusa Cardoso Melo.

Federal

Na administração federal são 22,6 mil servidores públicos ativos por meio de livre nomeação. A maior parte dessas vagas é destinada para funções de comando ou assessoria de ministérios e órgãos ligadas ao governo federal, chamadas cargos de Direção e Assessoramento Superior (DAS).

 


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