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Estado de Minas

Protestos contra a Copa fazem Dilma convocar reunião de emergência

Dilma está em Cuba e deve retornar ao país nesta quarta-feira


postado em 27/01/2014 10:22 / atualizado em 27/01/2014 17:41

Dilma está em Cuba, onde participa de inauguração de porto financiado com recursos do BNDES (foto: Roberto Stuckert Filho/PR )
Dilma está em Cuba, onde participa de inauguração de porto financiado com recursos do BNDES (foto: Roberto Stuckert Filho/PR )

Preocupada com os protestos contra a Copa do mundo do último fim de semana, com prisões e quebradeiras no Rio de Janeiro de São Paulo, a presidente Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência para quando ela desembarcar no Brasil, na próximo quarta-feira (29), com os ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, da Defesa, Celso Amrim, e do Esportes, Aldo Revelelo. Dilma está em Cuba nesta segunda-feira, após pernoitar em Lisboa, vinda de Davos, na Suiça, onde falou a investidores internacionais sobre a situação econômica do país. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, a data e o local da reunião ainda não estão confirmados.

A presidente estaria preocupada com a violência dos protestos, a exemplo do que ocorreu em junho e julho do ano passado, quando as principais ruas das cidades brasileiras foram tomadas por ondas de protestos violentos, entre eles contra o Brasil sediar a Copa com investimentos vultosos em detrimentos da educação, saúde, mobilidade urbana e segurança pública. Depois dos protestos, petistas já admitem que a onda de manifestações poderá prejudicar a reeleição de Dilma.

O ministro da Justiça está  em férias. De acordo com sua assessoria, ele deve retornar ao trabalho nesta terça-feira e já encontrará uma série de demandas envolvendo a segurança da Copa, maneiras de evitar que os tumultos se espalhem pelo país e formas de conter a ação violenta contra as manifestações por parte das polícias estaduais. O governo avalia que a radicalização das ruas, em junho, teve como origem a forte repressão feita pela Polícia Militar de São Paulo aos jovens que protestavam contra o aumento da passagem de ônibus.

Tiros

No último sábado (25), o manifestante Fabrício Proteus Nunes Fonseca Mendonça, de 22 anos, foi baleado no tórax e na região genital por policiais militares na Rua Sabará, em Higienópolis, região central de São Paulo. De acordo com a PM, por volta das 22h30, dois homens em atitude suspeita foram abordados na Rua da Consolação e um deles correu.

Segundo a versão dada pela PM, os policiais pediram para revistar a mochila de Fabrício, onde acharam um artefato explosivo. A corporação afirma que o rapaz, então, tentou fugir. Quando era perseguido, segundo a PM, sacou um estilete que estava no bolso da calça, voltando-se contra os policiais, e acabou baleado. Ele passou por operação na Santa Casa. O hospital diz que foi preciso remover um dos testículos da vítima por causa dos ferimentos.

Testemunhas afirmam que o rapaz não reagiu. “Eram três policiais descendo a rua correndo atrás do menino. Depois do terceiro tiro o rapaz saiu cambaleando e um policial deu um empurrão nele em cima da árvore”, disse um morador da região, que não quis se identificar. 

A família do rapaz afirma que ainda tenta descobrir o que de fato aconteceu. “Ele estava na manifestação e se dispersou. Não sei o que aconteceu, ele ficou com medo e correu”, disse o irmão da vítima, Gabriel Chaves. Segundo a polícia, ele seria um adepto da tática black bloc. O irmão de Fabrício diz que ele trabalha como estoquista e que, de fato, frequenta protestos com regularidade. Na página dele do Facebook, entre os perfis preferidos, está a Black Bloc SP. 

Apuração

O defensor público Carlos Weis, coordenador de direitos humanos da Defensoria Pública de São Paulo, acompanha o caso de perto. Outro defensor estava no local por acaso e conversou com pessoas que filmaram o rapaz baleado. “Segundo os relatos, havia três policiais contra uma pessoa com arma branca. É evidente que havia outros meios menos letais de resolver a situação.” 

Segundo os relatos, ele foi resgatado pela própria PM, contrariando resolução do governo do estado, que veta a prática. O porteiro de um prédio chegou a pedir uma ambulância, que teria chegado minutos após os policias levarem o rapaz ao hospital. O caso está sendo investigado a pela Corregedoria da Polícia Militar e pela Polícia Civil. (Com Agência Estado)


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