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Estado de Minas

Serra da Canastra vai ganhar proteção e terá seus limites alterados

Um grupo de parlamentares visitou ontem o Parque Nacional da Canastra para verificar os problemas da região. Dois projetos de lei em tramitação na Câmara modificam a reserva


postado em 12/04/2013 06:00 / atualizado em 12/04/2013 07:47

Autor de projeto para preservar a região, Odair Cunha (E) chega a São João do Glória ao lado do deputado Pompílio Canavez (foto: beto novaes/em/D.a Press)
Autor de projeto para preservar a região, Odair Cunha (E) chega a São João do Glória ao lado do deputado Pompílio Canavez (foto: beto novaes/em/D.a Press)


São João Batista do Glória – Um dos patrimônios naturais mais importantes do país, o ParqueNacional da Serra da Canastra, na Região Sudoeste de Minas, vai ganhar mais proteção e ter seus limites alterados, com parte do território se transformando em monumento natural. Para conhecer bem de perto a realidade da região e seus problemas, uma comissão de deputados federais visitou, ontem, a unidade de conservação, que engloba as nascentes do Rio São Francisco e a Casca D’Anta, de 186 metros de altura. “O objetivo é dividir os 200 mil hectares em duas categorias, ficando o parque com 130 mil hectares e o monumento com 70 mil”, informou o deputado federal mineiro Odair Cunha (PT).

O parlamentar é autor dos projetos de lei 147/10, que cria a área de preservação ambiental (APA) Serra da Canastra, passando a compor o mosaico de unidade de conservação, e 148/10, que altera os limites do parque. As propostas tramitaram em conjunto no Senado e hoje estão na Comissão de Meio Ambiente, tendo o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) como relator. Na noite de ontem, o senador apresentou à comunidade da Serra da Canastra, no Vale da Babilônia, o substitutivo ao PL 147/10. “Acreditamos que até o fim do mês ele será votado”, disse Rollemberg, lembrando que a intenção é garantir total segurança jurídica para o parque e populações.

“Milhares de pessoas que vivem na região serão beneficiadas com a aprovação do projeto, que vai acabar com uma série de conflitos. O importante é que o projeto amplia a área de unidade de conservação do parque, considerando quem vive lá há décadas”, disse Odair. Fizeram parte da comitiva os deputados federais Leonardo Monteiro (PT-MG), autor do requerimento que instalou a missão no âmbito da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados, Antônio Roberto (PV-MG) e Renato Andrade (PP-MG), membro da Comissão de Constituição de Justiça. “É proteção integral para o Parque Nacional da Serra da Canastra, inclusive da Casca D’Anta”, afirmou Rollemberg.

A comitiva chegou a São João Batista do Glória, a 350 quilômetros de Belo Horizonte, às 12h30, vindo de helicóptero de São Sebastião do Paraíso. Os parlamentares foram recebidos no estádio municipal pela prefeita Aparecida Nilva dos Santos (PMDB). Depois de almoço no Clube Dirceu Geraldo, todos seguiram de helicóptero para visitar nascentes do São Francisco. No início da noite, Rollemberg e os deputados tiveram encontro com moradores do Vale da Babilônia. Hoje a equipe vai visitar outros ponto da região, incluindo a comunidade de Espalinhas, em Capitólio.

Reunião Antes de ir para o Parque Nacional da Serra da Canastra, o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) se reuniu com o governador Antonio Anastasia (PSDB-MG). “Realizamos seis audiências públicas em dois dias. Ouvimos mais de 2 mil pessoas, propomos que toda a área fosse de proteção integral, com a diferença de que uma parte seria parque e a outra, monumento natural. Porém, a questão é muito complexa e precisamos reavaliar alguns pressupostos “, avalia o senador.

Saiba mais

Cenário de beleza


O Parque Nacional da Serra da Canastra fica na Região Sudoeste de Minas e é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. Criada pelo Decreto 70.355, de 3 de abril de 1972, a unidade de conservação com 200 mil hectares preserva as nascentes do Rio São Francisco e vários outros monumentos naturais. O cenário de grande beleza inclui grandes paredões de rocha, cachoeiras, com destaque para a Casca D’Anta, de 186 metros, a primeira do Velho Chico. O parque é um divisor natural de águas das bacias dos rios São Francisco e Paraná, neste caso contribuindo ao sul com o Rio Grande e ao norte com o Rio Paranaíba, por meio do Rio Araguari, que nasce nos limites da Serra da Canastra. As maiores altitudes beiram os 1,5 mil metros. A região tem dois sítios arqueológicos em condições de preservação, com pinturas rupestres e outros elementos ainda não totalmente identificados.


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