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Estado de Minas

Repúdio à nacionalização das eleições de BH pelo PSD

Coligação de 19 partidos que apoiam Marcio Lacerda critica a interferência do presidente nacional do PSD e prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, no pleito de Belo Horizonte


postado em 10/07/2012 06:00 / atualizado em 10/07/2012 06:39

O desencontro entre os diretórios municipal e nacional do Partido Social Democrático (PSD) mobilizou toda a coligação que apoia a reeleição de Marcio Lacerda (PSB) à Prefeitura de Belo Horizonte. Representantes dos 19 partidos assinaram ontem uma nota de repúdio com duras críticas a uma possível intervenção vinda de São Paulo, onde o prefeito e presidente da legenda, Gilberto Kassab, articula as alianças nacionais do partido. “Repudiamos essa interferência nefasta acometida contra a comissão do PSD pelo seu presidente nacional. Minas Gerais não aceita ser tratada como colônia de segunda categoria, onde pressupostos líderes nacionais intervenham a acabrestar partidos”, afirmaram os dissidentes mineiros na nota.

Apesar da mobilização das lideranças locais, a direção nacional reafirmou que não mudará sua posição sobre a escolha feita na eleição de BH. “Esta situação está superada, já estamos trabalhando com a campanha de Patrus (PT). Foi uma decisão tomada depois de votação dos deputados federais. Agora, vamos esperar uma decisão judicial para resolver essa situação”, explicou o presidente estadual do PSD, Paulo Safady Simão. No entanto, a decisão está longe de ser acatada pelos colegas mineiros, que já firmaram o pé no apoio a Lacerda, inclusive participando do primeiro encontro de articulação política da chapa do socialista.


Para o secretário estadual de Gestão Metropolitana, Alexandre Silveira (PSD), a insistência dos integrantes do diretório municipal não vai atrapalhar a participação dos parlamentares e militantes do partido, que já definiram o lado escolhido para as eleições de outubro. “Esperamos que a Justiça consolide nossa convenção partidária, que foi um ato político perfeitamente de acordo com as normas jurídicas. Decidimos por unanimidade caminhar com o modelo de gestão pública eficiente implantado por Lacerda, mas infelizmente eles foram por um caminho de que nós discordamos e, se for imposto de cima para baixo, será preciso acabar com todas as convenções partidárias municipais”, afirmou.


A divergência entre integrantes do PSD, que se agravou com a decisão do diretório municipal em protocolar no TRE-MG o apoio a Lacerda, o que garantiu à chapa do atual prefeito o tempo da propaganda eleitoral gratuita nas emissoras de rádio e TV reservados ao partido, já resultou na desfiliação do vice-presidente nacional da legenda, Roberto Brant, marcada para amanhã, devido à sua insatisfação com o “ato truculento” do diretório nacional.


Tucano

Ao lado dos integrantes do PSD mineiros, parlamentares das outras legendas que apoiam Lacerda aproveitaram o encontro de ontem para criticar a interferência do diretório nacional. O presidente estadual do PSDB, deputado Marcus Pestana, criticou os acordos firmados neste ano que têm como foco as eleições de 2014. “O que está em jogo em 2012 são as eleições de 2012. Estamos discutindo os problemas da nossa cidade e o que é bom para as pessoas que moram aqui. Tentar nacionalizar esta campanha é um grande equívoco. Temos 19 partidos aliados, sendo que 15 deles são da base de apoio da presidente Dilma Rousseff (PT) e ela mesma afirmou duas semanas atrás que Lacerda é o melhor prefeito do país”, disse Pestana.


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