Quatro pessoas que foram presas durante a operação “Laranja com Pequi” deflagrada na última terça-feira pelo Ministério Publico Estadual (MPE) juntamente com as polícias Federal e Militar tiveram a prisão preventiva prorrogada por mais cinco dias. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pela Polícia Federal de Montes Claros. De acordo com o MPE, o esquema fraudava licitações em Minas e em Tocantins. Recursos públicos eram desviados através de contratos de fornecimento de refeições para presos em diversas cidades dos dois estados e de merenda escolar em Montes Claros, no norte de Minas. As fraudes somam cerca de R$ 166 milhões, dos quais R$ 55 milhões teriam sido desviados. Na terça-feira,, oito pessoas foram presas durante as ações.
Ainda conforme o MPE, sete empresas combinavam entre si preços e condições para que as licitações fossem vencidas pela Stillus. A empresa é de propriedade de Alvimar de Oliveira Costa, irmão do senador por Minas, Zezé Perrella (PDT). As investigações começaram em 2010, quando foi instaurada pela Polícia federal, em Montes Claros, inquérito policial destinado a apurar direcionamento da licitação e o consequente desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) destinados à aquisição de merenda escolar.
O inquérito foi remetido para o Ministério Público Estadual, que também investigava o mesmo assunto, além do fornecimento de alimentação a sistemas prisionais e escolas públicas em municípios mineiros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.