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Estado de Minas

Quatro presos durante operação Laranja com Pequi tiveram as prisões prorrogadas

De acordo com o MPE, Sete empresas combinavam as condições para que as licitações de fornecimento de refeição para presos e merenda escolar fossem vencidas pela empresa de propriedade de Alvimar de Oliveira Costa, irmão do senador Zezé Perrella (PDT)


postado em 29/06/2012 18:42

Quatro pessoas que foram presas durante a operação “Laranja com Pequi” deflagrada na última terça-feira pelo Ministério Publico Estadual (MPE) juntamente com as polícias Federal e Militar tiveram a prisão preventiva prorrogada por mais cinco dias. A informação foi confirmada nesta sexta-feira pela Polícia Federal de Montes Claros. De acordo com o MPE, o esquema fraudava licitações em Minas e em Tocantins. Recursos públicos eram desviados através de contratos de fornecimento de refeições para presos em diversas cidades dos dois estados e de merenda escolar em Montes Claros, no norte de Minas. As fraudes somam cerca de R$ 166 milhões, dos quais R$ 55 milhões teriam sido desviados. Na terça-feira,, oito pessoas foram presas durante as ações.

Vão permanecer no Presídio Regional de Montes Claros o vereador Athos Mameluque (PMDB), apontado como lobista na Câmara de Montes Claros. Ele é o autor do projeto de lei que terceirizou a merenda nas escolas do município; o ex-secretário de Serviços Urbanos do município, João Ferro; o assessor especial da prefeitura Noélio Oliveira, além de Victor Oliveira, representante da Funadem e coordenador do projeto municipal de esporte. Ele é acusado de ter recebido cerca de R$ 260 mil de uma das empresas investigadas.

Ainda conforme o MPE, sete empresas combinavam entre si preços e condições para que as licitações fossem vencidas pela Stillus. A empresa é de propriedade de Alvimar de Oliveira Costa, irmão do senador por Minas, Zezé Perrella (PDT). As investigações começaram em 2010, quando foi instaurada pela Polícia federal, em Montes Claros, inquérito policial destinado a apurar direcionamento da licitação e o consequente desvio de recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb) destinados à aquisição de merenda escolar.

O inquérito foi remetido para o Ministério Público Estadual, que também investigava o mesmo assunto, além do fornecimento de alimentação a sistemas prisionais e escolas públicas em municípios mineiros. Se condenados, as penas máximas aplicadas aos crimes ultrapassam 30 anos.


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