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Estado de Minas

Esquema de fraude em merenda escolar envolve time de vôlei de Montes Claros

Operação Laranja com Pequi revela fraudes no fornecimento de marmitas para presos e alimentação para alunos no valor total de R$ 185 milhões


postado em 27/06/2012 06:00 / atualizado em 27/06/2012 06:40

O esquema de fraudes em merenda escolar na Prefeitura de Montes Claros envolveu também o time de vôlei da cidade. Uma das pessoas detidas ontem na Operação Laranja com Pequi, que desmontou o esquema de fraudes em licitações para a merenda escolar no município, foi o empresário e ex-jogador de vôlei Vítor Felipe Oliveira, conhecido como Vitão, diretor da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Educacional de Montes Claros (Funadem), mantedora do time de vôlei da cidade, vice-campeão da Superliga 2009/2010. A prisão de Vitão, pré-candidato a vereador nas eleições deste ano, causou muita surpresa na cidade, já que ele lida com o esporte e aparentemente não teria nenhuma relação com fornecimento de merenda escolar.

Mas, de acordo com as investigações, a título de compensação pelos contratos milionários firmados com a Prefeitura de Montes Claros para o fornecimento de merenda, a Stillus Alimentação patrocinava de maneira oculta o time de vôlei. Apesar dos repasses “vultuosos”, o nome da empresa não aparecia nas camisas do time nem no estádio onde a equipe treinava.

Conforme inquérito instaurado pelo Ministério Público estadual para investigar as fraudes, “como forma de retribuir os favores dos servidores que lhes prestaram vassalagem, Alvimar Oliveira Costa, João Wilson, Bruno Vidotti e José Maria Fialho (sócios da Stillus) passaram a promover ainda repasses ou doações de consideráveis cifras de recursos para a Funadem, sob o pretexto de patrocínio para o time de vôlei da cidade, dirigido por Vítor Felipe”. As doações constam das atas da Funadem e foram confirmadas pelo pai de Vitão, José Felipe Dias, em depoimento ao MPE.


O MPE diz ainda que o time de vôlei, tem sido utilizado “como um instrumento de prosetilismo político e eficiente máquina de propaganda eleitoral por parte de administradores municipais”. O prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB) e seu filho, o deputado estadual Luiz Tadeu Martins Leite (PMDB), foram alvo de uma ação do Ministério Público pelo uso da equipe de vôlei na campanha política de 2010, na qual Tadeuzinho foi eleito para a Assembleia Legislativa. Os acusados ganharam ação no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG), mas o MPE recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Não é por acaso o fato de ser Vítor Felipe – candidato a vereador – a pessoa responsável por controlar a distribuição gratuita dos cobiçados ingressos que permitem à população carente ter acesso às partidas disputadas pelo time de volêi”. (AM e LR)


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