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Estado de Minas

PT põe sucessão em banho-maria

Partidos ficam de braços cruzados aguardando decisão dos petistas sobre candidatura própria ou aliança com o PSB


postado em 09/03/2012 06:00 / atualizado em 09/03/2012 06:42


Duplicidade nas inscrições das chapas e o voto secreto colocam uma boa dose de imprevisibilidade no resultado das eleições internas no PT, que vão definir se o partido irá lançar candidatura própria ou reeditará a aliança com o prefeito Marcio Lacerda (PSB), indicando o vice na chapa. Os dois lados se consideram vencedores nas eleições, programadas para 18 de março. “Acredito na vitória”, afirmou nessa quinta-feira o deputado federal Miguel Corrêa Júnior, adepto da tese da aliança. “Não tenho dúvida de que venceremos. Muitos dos que assinaram apoio à aliança foram forçados e, na hora do voto secreto, estarão conosco”, garante o vice-prefeito Roberto Carvalho, que também é presidente municipal do PT e luta para viabilizar a sua candidatura à Prefeitura de Belo Horizonte. Mais prudente, o deputado estadual Paulo Lamac, que também defende o apoio a Lacerda, sustenta: “Quem vencerá, ainda é uma incógnita”.

A indefinição do PT deixa aliados potenciais em compasso de espera. Com o partido rachado, o PMDB torce para que Roberto Carvalho ganhe a disputa. “Temos um acordo. Se Roberto Carvalho vencer, vamos caminhar juntos”, afirma o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB), que também é pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte. “Podemos ceder a cabeça da chapa e indicar o vice. Mas tudo dependerá das conversações”, acrescenta Quintão. Para não ficar isolado, é fundamental para o PMDB atrair o apoio do PT, já que do outro lado estará o PSB de Lacerda à frente da administração, além do PSDB do governador Antonio Anastasia.

Não apenas o PMDB deseja a vitória de Roberto Carvalho. Há no PSDB quem engrosse a torcida para que os petistas que apoiam Lacerda não consigam viabilizar a sua proposta dentro do partido. Até porque o PSDB está cada vez mais propenso a reivindicar um novo status dentro da aliança que, nas eleições de 2008, integrou informalmente. “O PT só cria problema. Nós temos uma penetração na cidade hoje que nos qualifica a reivindicar ou o candidato a vice na chapa ou a coligação proporcional”, avisa o vereador Pablito (PSDB). O presidente estadual do PSDB, Marcus Pestanna, nega que o PSDB queira ver os petistas pelas costas. “O PT e o PSDB não estão se acotovelando na aliança. Só acho que aqueles que chegam agora para apoiar Lacerda não devem impor regras, mas antes fazer o caminho de Damasco”, provocou, em referência ao ex-ministro Patrus Ananias.

Em expectativa, os socialistas têm de administrar os atritos entre os aliados, assim como aguardam o desenlace do racha petista. Caso vença a tese de reedição da aliança, haverá ainda outro round de disputa: a indicação do vice na chapa. No momento, há quatro grandes  potenciais candidatos a vice, todos trabalhando pela aliança com o PSB. São eles os deputados federais Miguel Corrêa Junior e Reginaldo Lopes, o ex-deputado federal Virgílio Guimarães e o deputado estadual André Quintão.


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