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Estado de Minas

Nova ministra diz que não abre mão das convicções que tem sobre aborto

A socióloga respondeu que vai tratar o tema com serenidade e está disposta a dialogar com todos, mas argumentou que o aborto é a quarta causa de morte materna no país


postado em 10/02/2012 19:02 / atualizado em 10/02/2012 19:28

Brasília – A nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, disse nesta sexta-feira que vai dar continuidade ao programa de governo da presidenta Dilma Rousseff, mas não abrirá mão de convicções pessoais, em especial, das que tem sobre o aborto. “Convicção é uma coisa pessoal e hoje assumo uma posição de titularidade de uma pasta importante. Terei muita serenidade em levar à frente as políticas do governo no que diz respeito a esse aspecto [aborto] e aos projetos que existem. O debate é da sociedade civil”, disse a nova ministra, ao ser perguntada sobre as críticas que recebeu de grupos evangélicos por defender o aborto como questão de saúde pública.

A socióloga respondeu que vai tratar o tema com serenidade e está disposta a dialogar com todos, mas argumentou que o aborto é a quarta causa de morte materna no país. “Uma mulher que chega ao 67 anos com a trajetória de vida que tive, se não tivesse convicções, não estaria aqui”, acrescentou, após cerimônia de transmissão de cargo, quando assumiu o comando da pasta no lugar de Iriny Lopes, que deixou o governo para concorrer à prefeitura de Vitória, nas eleições de outubro.

A socióloga relembrou o período em que ficou presa com a presidenta Dilma Rousseff, durante a ditadura militar. “Tenho orgulho de ser amiga da presidenta Dilma e de ter sido presa com ela”.

A nova ministra comemorou a decisão dessa quinta-feira do Supremo Tribunal Federal (STF), de permitir que denúncias de violência doméstica sejam levadas adiante na Justiça mesmo que a vítima retire a queixa contra o agressor. Na prática, a decisão confirma a constitucionalidade da Lei Maria da Penha. “Acaba, definitivamente, com o segredo de que, quem bate em mulher, não deve ser punido”, disse.

Menicucci deixou a pró-reitoria de Extensão da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para assumir o cargo de ministra. Doutora em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutora pela Universidade de Milão, Eleonora Menicucci dirigia o Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Saúde da Mulher e Relações de Gênero da Unifesp.


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