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Estado de Minas

Empresários e bancada mineira se unem para cobrar obras do governo federal


postado em 29/11/2011 06:00 / atualizado em 29/11/2011 07:34

Com pequena representação política no governo federal, a terceira maior economia do Brasil – que cairia para a 14ª posição sem a exploração do minério de ferro – cansou de ser relegada a uma posição secundária nos planos de investimentos nacionais. Empresários, parlamentares da bancada federal mineira, universidades e o setor sindical, aliados do governo de Minas, resolveram se unir para cobrar em definitivo do governo federal um conjunto de obras e de apostas em cinco grandes eixos, fundamentais ao desenvolvimento do estado. As diferenças políticas entre as legendas foram postas de lado e uma “agenda de convergência” foi construída para ser entregue na terça-feira que vem à presidente Dilma Rousseff (PT).

Na terceira reunião realizada ontem na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), empresários, a bancada federal mineira e o governador Antonio Anastasia (PSDB) apresentaram o documento com 16 projetos, construído a partir de estudos e um amplo debate com entidades da sociedade civil. “A união de Minas começa pelo empresariado unido”, afirmou o presidente Fiemg, Olavo Machado Júnior, sugerindo que os partidos façam o mesmo e trabalhem em convergência programática, deixando de lado as diferenças políticas.

Na segunda-feira, a Fiemg voltará a reunir empresários e deputados federais, mas com os representantes das 19 universidades públicas instaladas em Minas, das quais 11 federais, duas estaduais, o Cefet e outros institutos federais. O secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Luís Cláudio Costa, e o presidente da Fapemig, Mário Neto Borges, vão participar do encontro no qual será deliberada a realização de um inventário das pesquisas tecnológicas no estado, destinado à criação do comitê “conhecimento que gera negócios”. Pretende-se criar 19 parques tecnológicos nas universidades públicas mineiras. Além de o projeto ter sido incluído no Plano Plurianual de 2011–2015, os deputados federais resolveram incluir nos próximos quatro anos emendas orçamentárias para essa ação. No Orçamento de 2012 foi incluída uma emenda de R$ 40 milhões.

De volta ao mapa

“Fizemos um diagnóstico. Minas perdeu influência e está se desindustrializando”, disse o deputado federal Reginaldo Lopes (PT), coordenador da bancada mineira. Segundo informações divulgadas no encontro, o estado tem hoje apenas 10 empresas com mais de 3 mil funcionários e só 104 com mais de mil funcionários. Na avaliação do deputado federal Marcos Montes (DEM), a ação conjunta poderá recolocar o estado no mapa dos investimentos do governo federal.

O governador Anastasia apresentou os 16 itens inseridos na Agenda Minas, que serão desdobrados em linhas de ação. São eles: investimentos da Petrobras no estado, que representa 10% do faturamento da empresa e recebe 1% de seus investimentos; obras de infraestrutura nas BRs 381 e 040, no Rodoanel; parcerias público-privadas para a BR-262, duplicação da BR-116, para a ligação entre Patrocínio e Sete Lagoas e para o aeroporto de Confins; investimentos na área social para educação, saúde, economia do conhecimento, patrimônio histórico e cultural e para projetos de defesa social; instalação do Tribunal Regional Federal em Minas Gerais; e aprovação do projeto de lei que altera os royalties da mineração. Uma solução definitiva para o metrô de Belo Horizonte também é demanda do documento.

Agenda Minas

Projetos de investimento

Petrobras

Apoio para a instalação do polo acrílico na Refinaria Gabriel Passos;
Construção e implantação da usina de amônia e ureia em Uberaba;
Extensão do gasoduto Brasil–Bolívia (Gasbol), de São Carlos (SP) ao Triângulo Mineiro;

Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), investimentos em infraestrutura
Duplicação da BR-381 entre BH e Governador Valadares.
Duplicação da BR-040, nos trechos do trevo de Ouro Preto a Barbacena e de Santos Dumont a Juiz de Fora, com possibilidade de privatização após a conclusão das obras iniciadas pelo Dnit.
Construção do Rodoanel Metropolitano, contorno norte e sul de Belo Horizonte.
Metrô da região metropolitana: definição de um interlocutor da Casa Civil, Fazenda ou Planejamento para a condução e negociação da solução adequada para a construção do metrô

Projetos de infraestrutura:
Parceria Público-Privada (PPP)
Adequação da BR-262: restauração e adequação de capacidade do trecho na divisa Minas–Espírito Santo e BR-381;
Duplicação da BR-116;
Ferrovia Patrocínio–Sete Lagoas;
Aeroporto Internacional Tancredo Neves: inclusão no primeiro lote dos aeroportos estratégicos para receber investimentos.

Projetos em educação, saúde, defesa social e cultura, com recursos para o investimento nas quatro áreas

Outras prioridades


Instalação do Tribunal Regional Federal (TRF) em Minas Gerais e a aprovação do projeto da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), conhecido como projeto dos royalties do minério.


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