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Estado de Minas

Morre menina queimada durante ataque a ônibus no Maranhão

Polícias militar e civil já prenderam 16 pessoas suspeitas de envolvimento nos incêndios.


postado em 06/01/2014 09:53 / atualizado em 06/01/2014 16:20

Ana Clara teve mais de 95% do corpo queimado(foto: Reprodução / O Imparcial)
Ana Clara teve mais de 95% do corpo queimado (foto: Reprodução / O Imparcial)
A menina Ana Clara Santos Sousa, de 6 anos, que teve mais de 95% do corpo queimado dentro do ônibus durante o ataque da última sexta-seira, em São Luís, morreu na manhã desta segunda-feira. Após o ataque, Ana Clara foi internada no Socorrão II e depois foi transferida no último sábado para o Hospital Juvêncio Matos, mas não resistiu e veio a óbito.

Ana Clara, a mãe dela Juliane Carvalho Santos e a irmã Lorrane Beatriz Santos, de 1 ano e 5 meses, foram atacadas no ônibus da Vila Sarney quando criminosos atearam fogo com passageiros dentro do veículo. As outras duas continuam internadas.

Em resposta ao atos cometidos por criminosos em São Luís, no domingo, 10 envolvidos foram apresentados pelas Polícias Militar e Civil. Nesta segunda-feira, uma outra operação prendeu mais seis envolvidos. As prisões aconteceram pela madrugada no bairro do Maiobão. Mais de 40 policiais estiveram envolvidos na operação.

Apresentados os envolvidos nos ataques a ônibus e ao 9º DP em São Luís

O resultado das medidas imediatas adotadas de forma conjunta pelas Polícias Militar e Civil e pelo Corpo de Bombeiros em resposta aos crimes cometidos por grupos criminosos em São Luís foram detalhados pela cúpula da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) em coletiva à imprensa, na manhã deste domingo (5), na sede da SSP (Outeiro da Cruz). Também foram apresentadas 10 pessoas detidas por participação nos ataques aos ônibus e ao 9º DP (Delegacia do bairro São Francisco), entre elas dois adolescentes apreendidos.

Na ocasião, o secretário de Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes, informou que a ação da polícia foi imediata, evitando que outros crimes fossem cometidos. Segundo ele, a ordem para que ônibus fossem incendiados e que delegacias e policiais fossem alvos dos bandidos, partiu de dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. A autorização foi dada pelo criminoso Jorge Henrique Amorim Matias, o “Dragão”, e recebida por Hilton Jhon Alves Araújo, o “Praguinha”, do lado de fora do presídio.

De acordo com Mendes, a Secretaria Adjunta de Inteligência da SSP descobriu o plano minutos antes do início da ação criminosa e conseguiu evitar que mais coletivos fossem queimados. “Nós reforçamos o policiamento na mesma hora, inclusive nos terminais de ônibus, e colocamos policiais dentro de alguns coletivos. Mas, a frota de ônibus em São Luís é muito grande e, por essa razão, não deu tempo de evitar o que aconteceu com os 3 ônibus, dois queimados totalmente e um parcialmente”, disse Aluísio Mendes, lembrando que também houve uma tentativa sem sucesso.

“O Estado está dando uma resposta efetiva, prendendo esses elementos e a polícia continua nas ruas para garantir tranquilidade à população. Precisamos unir esforços, haja vista que se trata de uma luta do bem contra o mal, mas é bom ressaltar que o bem está vencendo”, frisou o secretário de Estado de Segurança Pública, Aluísio Mendes, informando que há grupos criminosos semelhantes atuando em todos os estados do Brasil.

O secretário afirmou que os episódios serviram para mostrar o modus operandi dos grupos criminosos que agem em todo o Brasil. Crimes semelhantes já aconteceram em estados como São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro, entre outros.

Aluisio Mendes informou, ainda, que em 2013, 85% dos homicídios no Maranhão foram relacionados ao tráfico de droga e que a comunicação de detentos de dentro para fora do presídio ainda é um problema que atinge todo o sistema prisional brasileiro, pois ainda não há tecnologia eficiente. Também participaram da coletiva, o comandante geral da Polícia Militar, Zanoni Porto; a delegada geral de Polícia Civil, Cristina Meneses; o comandante geral do Corpo de Bombeiros, João Vanderley Pereira; o subdelegado geral, Marcos Afonso Junior; os secretários adjuntos da SSP, Laércio Costa e coronel Antônio Roberto Silva.

Julian Jeferson, Lavardiere Silva Junior e Sansão dos Santos Sales são suspeitos dos ataques a ônibus em São Luís(foto: Gilson Teixeira/OIMP/D.A Press)
Julian Jeferson, Lavardiere Silva Junior e Sansão dos Santos Sales são suspeitos dos ataques a ônibus em São Luís (foto: Gilson Teixeira/OIMP/D.A Press)

Os detidos

Entre os presos apresentados neste domingo (5), está Hilton John Alves Araújo, 27 anos, o “Praguinha”, que coordenou as ações de fora do presídio, condenado a 20 anos em regime fechado por crime de homicídio. Ele estava foragido desde o ano de 2012, quando recebeu da Justiça o benefício da saída temporária de Natal e não retornou à Penitenciária de Pedrinhas. A polícia conseguiu prendê-lo novamente em janeiro de 2013, mas em outubro passado a Justiça concedeu a ele, mais uma vez, a liberdade, dando ordem de soltura por considerar que havia decurso de prazo (morosidade) no recurso interposto contra sua condenação.

A polícia apresentou ainda Jorge Henrique Amorim Martins, 21, o “Dragão” (ele deu as ordens de dentro do presídio), preso em flagrante no dia 27 de dezembro de 2012, por roubo qualificado; Wilderley Moraes, 25, o “Paiakan”, que foi preso no dia 18 de outubro de 2013; Diego da Silva do Carmo, 20, o “Mocozinho”, com 9 passagens pela polícia por roubo, furto e lesão corporal; Francisco Antônio Lobato Junior, 26, o “Frazão”, detido por homicídio e roubo; Rogenilson Boaventura Brito, 22, o “Pelado”; Luís Gustavo do Nascimento, 18, o “Melônio” ou “Gustavo”; e Ismael Caldas de Sousa, 25, o “Piranha”, preso por homicídio, tráfico e roubo.

O secretário Aluísio Mendes, após apresentar os presos, informou que todos os crimes foram motivados em resposta às ações de moralização e disciplina no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, objetivando conter a animosidade entre grupos criminosos que disputam o controle do tráfico de drogas na Região Metropolitana de São Luís.

Mais medidas
Aluísio Mendes anunciou que será instalado um plantão extraordinário da Delegacia de Homicídios dentro do Complexo de Pedrinhas, que tratará especificamente de crimes relacionados à unidade prisional. De acordo com a delegada geral Cristina Meneses, o DP começa a funcionar nesta segunda-feira (6), com equipes compostas por delegado, escrivães e investigadores.

Além disso, homens da Polícia Militar continuam nas ruas, por tempo indeterminado, para garantir a segurança da população de São Luís. “O resultado já foi visto na tarde/noite deste sábado (4), quando os policiais atuaram de forma ostensiva em ruas e avenidas de São Luís. Esse trabalho continua”, declarou o secretário.

Ao final da coletiva, Aluísio Mendes declarou que a polícia havia acabado de prender o criminoso que atirou contra uma viatura da Delegacia da Liberdade. O responsável foi Bruno Airton Carneiro, 19 anos, conhecido como “Bruno”.

Problema nacional
O secretário afirmou que os episódios serviram para mostrar o modus operandi dos grupos criminosos que agem em todo o Brasil. Crimes semelhantes já aconteceram em estados como São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio de Janeiro, entre outros.

Aluisio Mendes informou, ainda, que em 2013, 85% dos homicídios no Maranhão foram relacionados ao tráfico de droga e que a comunicação de detentos de dentro para fora do presídio ainda é um problema que atinge todo o sistema prisional brasileiro, pois ainda não há tecnologia eficiente.


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