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Estado de Minas

Procura por vítimas no local em que os prédios desabaram termina hoje

Fim da esperança: Entulho será transferido para facilitar o trabalho


postado em 29/01/2012 07:33 / atualizado em 29/01/2012 07:36

Rio de Janeiro – As equipes que trabalham nos escombros dos três prédios que desabaram no Centro do Rio de Janeiro na noite de quarta-feira concluirão hoje a operação de resgate e busca por vítimas. O comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, afirmou que está sendo iniciado um remanejamento dos escombros do local do acidente para terrenos mais amplos da prefeitura, onde será realizado um “trabalho mais minucioso” de pesquisa no entulho dos prédios, pois sete pessoas ainda estão desaparecidas – na sexta-feira, um dos corpos foi encontrado justamente em destroços que já haviam sido removidos.

A Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio de Janeiro foi acionada para elaborar uma lista oficial de desaparecidos. Apesar de os bombeiros trabalharem com a informação de que sete pessoas ainda não deram notícias a familiares, existem dúvidas, porque parentes de pessoas que frequentavam os prédios que desabaram estão sendo atendidos em diferentes órgãos.

Desde o início dos trabalhos de resgate, os bombeiros encontraram 17 corpos. De acordo com os profissionais envolvidos na operação, não há mais possibilidade de encontrar sobreviventes. O grande volume de entulho prejudicou o trabalho de busca. Ontem, o coronel Sérgio Simões anunciou que o uso de maquinário pesado na operação será suspenso. Os últimos dois corpos encontrados, na madrugada de ontem, estavam muito mutilados e quase foram confundidos com o entulho. “O corpo se misturou com as características da terra, do cimento, da lama e, em uma operação desse porte, essa possibilidade tem de ser considerada”, explicou o coronel.

O problema será contornado com a utilização de cães farejadores e uma rechecagem do material que já foi retirado do Centro do Rio de Janeiro rumo a outros entrepostos de entulho. A segunda fase de buscas será mais minuciosa, sem a utilização de retroescavadeiras e pás mecânicas. As equipes também analisarão a possibilidade de corpos terem caído nos vãos de prédios vizinhos aos edifícios que desabaram.

No fim da tarde de ontem, quase 72 horas após o desastre, a movimentação de operários, curiosos e familiares era menos intensa. Para quem passou esse tempo todo ao lado de quem perdeu um ente querido no desastre, só agora a dimensão do ocorrido começa a ser mensurada. “Estamos desde a primeira noite aqui. No fim dos trabalhos é uma dificuldade muito grande olhar para o local que você passa todo o dia e ver a tristeza no rosto das pessoas”, lamenta a diretora-executiva da Cruz Vermelha, Rosely Sampaio.

Sem a necessidade do uso das máscaras para evitar a fumaça tóxica, já dissipada, os bombeiros que ainda permanecem no local usam as próprias mãos para tentar encontrar um novo corpo. Segundo o coronel Sérgio Simões, a retirada do efetivo ocorrerá quando todos os desaparecidos forem encontrados.


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