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Estado de Minas

Parque Ecológico da Pampulha reabre amanhã; manutenção busca evitar carrapatos

Com mão de obra terceirizada, área ecológica na Pampulha volta a receber visitas amanhã, depois de mutirão de limpeza, uma das armas contra carrapatos que transmitem a maculosa


postado em 04/08/2017 06:00 / atualizado em 04/08/2017 07:45

A grama do parque passava ontem por poda: barreira contra animais e restrição de acesso a bosque também estão na lista de ações para dar segurança aos visitantes(foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
A grama do parque passava ontem por poda: barreira contra animais e restrição de acesso a bosque também estão na lista de ações para dar segurança aos visitantes (foto: Beto Novaes/EM/DA Press)
Trabalhadores correm contra o tempo para deixar tudo pronto no Parque Ecológico Francisco José Lins do Rêgo Santos, popularmente conhecido como Parque Ecológico da Pampulha, que reabre as portas para a população amanhã após mais de três meses fechado. Entre as ações desenvolvidas em um mutirão organizado desde 1º de agosto no local estão a poda e a limpeza da grama, ações consideradas essenciais para afastar o risco de picadas do carrapato-estrela, que pode transmitir a febre maculosa por meio de uma bactéria. Como a doença costuma ocorrer com mais frequência entre os meses de junho e novembro, a força-tarefa montada pela PBH para reabertura da unidade, inclusive com apoio da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), ganha ainda mais importância. O parque ficou fechado devido ao encerramento do contrato que fornecia mão de obra terceirizada. Uma nova licitação resolveu esse problema e também possibilitou o funcionamento normal do zoológico de BH, que desde quarta-feira voltou a ser aberto de terça-feira a domingo e não mais só nos fins de semana.


A reabertura do parque, que ocorre amanhã, será marcada pela chegada de 12 paraquedistas, entre as 7h30 e as 9h30. Eles vão saltar de um helicóptero e descer na esplanada do parque. Além da poda da grama e da limpeza, outras medidas também garantem uma segurança maior para a população com relação aos carrapatos, segundo a gerente de Atendimento ao Público, Gisele Mafra. “A nossa rotina já inclui os cuidados que minimizam os riscos de aparecimento dos carrapatos. A própria estrutura do parque há mais de dois anos não permite a entrada de animais hospedeiros, como capivaras, cachorros e cavalos”, afirma Gisele. A gerente diz ainda que a reabertura é gradativa, pois algumas áreas no interior do parque ainda permanecem fechadas enquanto a manutenção não resolver todas as demandas. Um bosque próximo da portaria do marco zero, onde ano passado foi encontrada maior concentração de carrapatos, não estará disponível, assim como a área do Memorial Japonês.

A partir da semana que vem, também começará a funcionar a irrigação, graças às ações de retomada do abastecimento do espelho que armazena a água usada para molhar a grama. De qualquer forma, Gisele Mafra garante que a poda da grama é a principal ação para manter os carrapatos afastados da população. “Quando fazemos a roçada e a limpeza da grama, o sol bate e isso já é fator para o carrapato não proliferar”, acrescenta. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES/MG) recomenda às pessoas o uso de repelentes, vestimentas longas e de cor clara (que permitem a fácil visualização do carrapato) e calçados fechados e de cano longo. A pasta também orienta que os visitantes evitem se deitar e sentar diretamente em gramados durante as atividades de lazer e que examinem o corpo com frequência para que consigam retirar um carrapato o mais rápido possível, caso ele seja encontrado.

No ano passado, dois casos de febre maculosa registrados em BH tiveram relação com a orla da lagoa. Um deles, inclusive, provocou a morte de um garoto de 10 anos, que participou de excursão com um grupo de escoteiros no Parque Ecológico. A ocorrência desses dois casos levou a PBH a adotar uma série de ações, como a aplicação e carrapaticidas, capina, irrigação e fechamento de áreas de maior concentração dos carrapatos. Dados da SES/MG mostram que de 2008 a 2016 foram registrados 118 casos no estado, com 48 mortes notificadas. Os sintomas iniciais da febre maculosa são febre, dor de cabeça, dores musculares, mal-estar, náuseas e vômitos, que aparecem entre o 2º e o 14º dia após a picada do carrapato. Como essas sensações podem ser confundidas com outras doenças, é fundamental que, diante dos primeiros sintomas, o paciente procure imediatamente um posto de saúde e relate ao profissional de saúde que esteve em áreas propícias para a presença de carrapatos.

Ainda de acordo com a SES/MG, o tratamento deve ser iniciado imediatamente a partir da suspeita de febre maculosa. O tratamento é realizado com antibióticos via Sistema Único de Saúde (SUS). Se não tratada, a doença pode evoluir para estágios de confusão, torpor, alterações psicomotoras e outras manifestações graves, como edema, hemorragia e icterícia, que podem levar o paciente à morte em cerca de 80% dos casos.

Um dos hospedeiros da bactéria Rickettsia rickettsii, que transmite a febre maculosa, é a capivara, animal que está presente na orla da Lagoa da Pampulha. De acordo com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o projeto de manejo das capivaras, que somam entre 85 e 100 animais na orla, está em fase final de conclusão. O trabalho prevê monitoramento e censo, cirurgia de castração e monitoramento pós-cirúrgico. O pontapé inicial depende da contratação da empresa que será responsável pelo manejo. Essa contratação será viabilizada a partir de uma medida de compensação ambiental. Uma cirurgia de castração piloto foi realizada em uma das capivaras para servir de modelo para os outros roedores que vão passar pelo procedimento. A cirurgia foi fotografada e filmada para servir de modelo para as próximas castrações.

 

Zoológico de terça a domingo

 

A população de Belo Horizonte já pode voltar a usufruir de um espaço muito procurado principalmente por famílias com crianças da capital mineira e também os turistas. O zoológico de BH voltou a funcionar normalmente, de terça-feira a domingo, das 8h às 17h, desde quarta-feira. A retomada dos horários e dias normais foi possível devido à efetivação de um novo contrato que terceiriza parte da mão de obra necessária para o funcionamento do espaço.

Em abril, o contrato que estabelecia a atuação de cerca de 150 funcionários foi encerrado, desguarnecendo metade dos postos de trabalho necessários para o funcionamento pleno do zoológico. A outra metade é garantida pelos servidores diretos da Prefeitura de BH e por isso a abertura do espaço precisou ficar restrita aos fins de semana. Com o funcionamento normalizado, o Aquário do Rio São Francisco volta a participar do Circuito Pampulha Noturno, abrindo suas portas para a visitação noturna toda segunda terça-feira de cada mês, das 18h às 21h. Em agosto, a atividade ocorrerá no dia 8.

Serviço


Zoológico, Jardim Botânico e Aquário
Funcionam de terça-feira a domingo,
das 8h às 17h
De terça a sexta R$ 5,
sábado R$ 6 e domingo R$ 8
Aquário de terça a domingo R$ 6
l Portaria I – Pampulha:
Av. Otacílio Negrão de Lima, 8.000
l Portaria II – Serrano:
Av. Antônio Francisco Lisboa, 2.600
l Portaria Aquário: Av. Antônio Francisco Lisboa, 450 (aberta apenas nos dias de visita noturna)

Parque Ecológico da Pampulha
De terça-feira a domingo, das 8h30 às 18h
Entrada gratuita
Av. Otacílio Negrão de Lima
Portaria I: nº 6.061(Marco Zero)
Portaria II: nº 7.111 (Toca da Raposa)
A entrada nos espaços é permitida até uma hora antes do fechamento.


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