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Estado de Minas

Despachantes são presos por emplacamento ilegal de veículos em Lavras

Lacres substituídos eram desviados, reformados e usados novamente. Polícia investiga se há mais envolvidos


postado em 26/07/2017 12:21 / atualizado em 26/07/2017 15:59

(foto: Polícia Civil/Divulgação)
(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Uma operação da Polícia Civil terminou na prisão de quatro despachantes e dois funcionários deles suspeitos de envolvimento em uma fraude no emplacamento de veículos em Lavras, no Sul de Minas Gerais. As investigações apontaram que a organização desviava lacres de placas exigidos pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MG) para emplacar, de forma irregular, veículos da região. As seis pessoas foram detidas em cumprimento de mandados de prisão temporária nessa terça-feira.

Segundo a Polícia Civil, as investigações começaram a cerca de um ano, após a prisão de dois homens suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas em um estacionamento da cidade. Na época, além de drogas, foram apreendidos lacres utilizados no emplacamento de veículos. Os detidos, de acordo com a corporação, são suspeitos de integrarem uma organização que desvia lacres de placas exigidos pelos Detran-MG para emplacar, de forma irregular, veículos da região.

Conforme a polícia, os presos são os despachantes documentalistas Gil Pereira dos Santos, 48 anos, Vinícius Alcântara dos Santos, 34, Luciano Pereira dos Santos, 46, José Fábio Vilela, 62, e os funcionários Davi Ricardo Borges Pereira, 33, e Thomas Oliveira Resende, 36.

O ESQUEMA O delegado Regional de Lavras, Marcelo Vilela Guerra, disse que as apurações apontam que o esquema envolvia um emplacador cedido pelo município à Polícia Civil, despachantes e funcionários doeles ramo, além de fabricantes de placas. O delegado explicou que lacres que deveriam ser descartados no momento de um novo emplacamento, seja por transferência de propriedade ou troca de placa, eram guardados, e perfurados na fábrica para serem novamente afixados e reutilizados em outros procedimentos, como se fossem originais.

Pelo menos cinco lacres eram desviados todos os dias, segundo a polícia. As pessoas só descobriam a fraude quando o veículo precisava passar por uma nova vistoria, momento em que o profissional percebia que o selo afixado era incompatível com a descrição lançada no sistema do Detran-MG. Nesses casos, o veículo ficava apreendido, até que se apurava que o proprietário não tinha envolvimento na fraude. Conforme o delegado, as vítimas eram pessoas de boa fé.

Além do grupo de ontem, em março, a Polícia Civil prendeu temporariamente o emplacador Leocácio de Almeida Ferreira, 46 anos. O servidor municipal deixou de prestar serviços para a Polícia Civil e foi devolvido para o município. As investigações continuam para apurar se há outros envolvidos nos delitos. Eles podem responder por corrupção ativa e passiva, associação criminosa e receptação de selo ou sinal público.


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