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Estado de Minas

Motorista que atropelou e matou jovem na Pampulha já tinha passagens pela polícia

Morte na Pampulha - Caminhoneiro que atropelou menino de 12 anos se apresenta, diz que não viu acidente e é liberado


postado em 21/09/2013 06:00 / atualizado em 21/09/2013 07:15

O caminhoneiro (Esq.) foi ouvido e liberado pela polícia(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
O caminhoneiro (Esq.) foi ouvido e liberado pela polícia (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

Quarenta horas após o acidente que resultou na morte do adolescente Claiton Bernardes Cabral, de 12 anos, na orla da Lagoa da Pampulha, anteontem, o motorista Joel Jorge Silva, de 56 anos, se apresentou à Polícia Civil e negou ter visto o atropelamento. Acompanhado do advogado, o condutor prestou depoimento na tarde de ontem no Detran. Para chegar até ele, a equipe de investigadores localizou o veículo de carga, placa WSL 2965, em um galpão a cinco quarteirões do local do acidente. Depois de entrar em contato com a empresa dona da carreta, os policiais receberam uma ligação do advogado de Joel, que programou para se entregar na tarde de ontem. O motorista, que tem 20 anos de habilitação e passagens policiais por receptação e porte ilegal de armas, foi ouvido e liberado.

“Não posso mantê-lo preso neste momento, porque ele não está em situação de flagrante. Recolhemos a habilitação dele e pedimos a imediata suspensão do direito de dirigir”, afirmou o coordenador de Operações Policiais, delegado Ramon Sandoli. Segundo ele, a investigação terá continuidade, na tentativa de comprovar se ele sabia ou não do atropelamento.

Em seu depoimento, Joel insistiu na versão de que, ao passar pela Avenida Otacílio Negrão de Lima, não percebeu que a roda traseira esquerda havia atingido o garoto. No dia do acidente, testemunhas contaram à polícia que chegaram a avisar o condutor, mas que ele fugiu sem prestar socorro. Vestígios de sangue e de massa encefálica foram recolhidos do para-barro da carreta e levados para perícia. Se comprovado que Joel foi mesmo responsável pelo atropelamento e que sabia o que ocorreu, ele poderá responder pelo crime de homicídio e omissão de socorro.

No decorrer da semana, a polícia continua analisando imagens das câmeras de casas próximas ao acidente. Os vídeos já foram fundamentais para entender o percurso que o condutor fez, após passar pela rotatória onde o garoto foi atropelado. Na segunda-feira será feita uma reconstituição do trecho que que Joel percorreu, depois de entrar na orla até chegar ao galpão onde a carreta está.

Já pesam contra o condutor a proibição de tráfego de veículos pesados na Avenida Otacílio Negrão de Lima e as contradições que ele apresentou no depoimento. À polícia, ele negou conhecer a restrição de trânsito e alegou que só soube da tragédia depois que o acidente virou notícia.

Sempre de cabeça baixa, o motorista não quis falar com a imprensa. De acordo com o advogado dele, Fernando de Lima, Joel está abatido.


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