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Estado de Minas MOBILIDADE URBANA

Transporte público é pauta de evento na capital

Ônibus do BRT é visitado por moradores em evento sobre Mobilidade Urbana


postado em 21/07/2013 06:00 / atualizado em 21/07/2013 07:45

Luzia levou os sobrinhos e filhos para conhecerem o ônibus do BRT(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Luzia levou os sobrinhos e filhos para conhecerem o ônibus do BRT (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Todos os dias, Sérgio Coelho, de 33 anos, se desloca do Coração Eucarístico, na Região Nordeste de Belo Horizonte, até o Santo Agostinho, no Centro-Sul. Pegando o metrô e caminhando cinco quilômetros, ele gasta 30 minutos no percurso até o trabalho. De carro, com o caos do tráfego da capital, ele levava uma hora para chegar ao destino. “O ideal seria ter metrô até a Savassi e a Pampulha”, ressalta, justificando que não gosta de pegar ônibus porque eles demoram a passar. Já a vizinha de bairro, a advogada Luzia Fernandes dos Santos, de 37, prefere ir de carro até o Bairro de Lourdes, onde trabalha, porque os coletivos são poucos e estão sempre lotados. “Os usuários pagam caro por um transporte sem qualidade. O metrô é até bom, mas não vai aonde eu trabalho”, acrescenta.

Ambos engrossam o coro popular de insatisfação com o transporte público, que foi o estopim para as manifestações que ocorreram em todo o país no mês passado. Ontem, eles conheceram e aprovaram o ônibus do BRT durante um evento na Praça da Assembleia. Com o tema Mobilidade Urbana, a iniciativa foi promovida pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e reuniu representantes da BHTrans e da Polícia Militar.

A ideia, segundo Rose Guedes, presidente do Departamento de Minas Gerais do IAB, era garantir uma maior participação popular e um espaço democrático para o diálogo com a comunidade sobre a construção de cidades sustentáveis. Um microfone estava disponível em uma tribuna popular para quem quisesse se manifestar. Francisco Maciel, secretário geral da Associação de Usuários de Transporte Coletivo da Grande BH (AUTC), usou o espaço. Ele ressaltou que a AUTC defende a prioridade do coletivo sobre o individual. “É preciso que as vias sejam mais dedicadas ao ônibus do que ao carro, que tenha pedágio urbano dentro do limites da Avenida do Contorno, rodízio de placas e proibição de estacionamento em áreas centrais”, diz.

Pedro da Luz Moreira, arquiteto da diretoria do IAB nacional, diz que a mobilidade significa o acesso a uma melhor oportunidade na vida. O arquiteto, assim como Francisco Maciel, acredita que as cidades erroneamente continuam investindo em obras pensadas na cultura do carro, do indivíduo, em detrimento do coletivo.

SOLUÇÃO SIMPLES
Ainda na programação do sábado, foi realizada na sede do IAB-MG, no Bairro Cruzeiro, uma mesa-redonda com os arquitetos Angelica Alvim, Jupira Mendonça e José Abilio Belo sobre o tema Mobilidade, projeto e cidade-metropolitana. Manuel Herce, professor da Universidade Politécnica da Catalunha (Espanha), apresentou uma conferência. Para ele, a solução para o trânsito das cidades é simples: investimento em transporte público.


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