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Estado de Minas

Justiça nega soltura de delegado suspeito de balear namorada adolescente

Defesa adia pedido de liberdade


postado em 07/05/2013 06:00 / atualizado em 07/05/2013 07:46

A Justiça negou liminar ao delegado da Polícia Civil Geraldo do Amaral Toledo Neto para que ele aguardasse em liberdade o fim do inquérito que apura em que circunstâncias foi baleada na cabeça a ex-namorada do policial, de 17 anos. Com a decisão, a defesa desistiu ontem do habeas corpus e deve aguardar o fim da prisão provisória, de 30 dias, para entrar com mais um pedido.

O delegado é acusado de ter atirado na namorada A.L., na estrada que liga Lavras Novas a Ouro Preto. Mas, à Corregedoria da Polícia Civil, ele afirma que a jovem tentou suicídio. De acordo com a perícia, o exame residuográfico feito nas mãos da adolescente não encontrou pólvora.

A menina foi baleada na tarde de 14 de abril. Ela estava na companhia do delegado, dentro do carro dele, onde os dois chegaram a discutir. A defesa alega que não havia relacionamento sério e que os dois teriam se encontrado para dar um ponto final ao envolvimento.

Amigas da jovem, porém, afirmam que o casal estava junto havia pelo menos três anos, com consentimento da mãe dela, e que o delegado agredia a menor. Em 19 de março, A. chegou a fazer um registro de ocorrência na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, o que gerou uma medida protetiva que garantiria que o agressor não pudesse mais se aproximar da vítima. Advogada de Toledo, Maria Amélia Tupynambá afirma que ele não havia sido notificado sobre a decisão.

Depois desse episódio, A. se mudou para Conselheiro Lafaiete, onde vivia a família. Amigas da adolescente contam que Toledo a teria convidado para uma viagem romântica a Lavras Novas, no fim de semana do incidente. O policial era lotado na Delegacia Especializada de Atendimento ao Idoso e à Pessoa Deficiente, e alega que era alvo de um amor platônico por parte da menor, que foi sua vizinha em um prédio no Bairro Buritis, Região Oeste da cidade. A. foi baleada na cabeça e continua internada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII. A perícia constatou que a arma usada foi uma pistola de calibre .635, que não foi localizada.

Mais um delegado investigado
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil assumiu ontem as investigações sobre o ataque a dois irmãos baleados durante baile sertanejo na Região de Venda Nova, no fim de semana. A decisão se deve ao fato de testemunhas terem citado que o delegado Gustavo Garcia Assunção foi o autor dos disparos, durante briga na casa noturna. Na delegacia de plantão, ainda no domingo, o policial negou que tenha atirado. A arma pertencente à Polícia Civil foi apreendida e encaminhada para perícia.


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