O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) já tem os dados da caixa preta do avião que caiu em Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata mineira, causando a morte de oito pessoas. Mesmo bastante danificado, o equipamento foi analisado na noite dessa segunda-feira por técnicos do laboratório do órgão em Brasília. Os dados ainda não serão divulgados para não atrapalhar as investigações.
Nesta terça-feira, técnicos do Cenipa estiveram na área onde aconteceu a tragédia para recolher o motor da aeronave. O material vai passar por uma perícia para averiguar se houve alguma falha mecânica. Um trator foi usado nos trabalhos.
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A Polícia Civil também abriu inquérito para apurar as causas do acidente. As investigações são conduzidas pelo delegado Roney Ervilha Cabral, da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora. Funcionários e clientes da Pousada Aconchego de Minas e do Aeroporto Francisco Álvares de Assis, conhecido como aeroporto da Serrinha, devem prestar depoimento nos próximos dias.
O bimotor decolou da região da Pampulha às 7h07 de sábado, quando o aeroporto da Serrinha ainda estava fechado. O bimotor modelo King Air B-200, prefixo PR-DOC, deveria pousar por volta das 8h10, mas a queda ocorreu entre 7h45 e 7h55. A aeronave atingiu o quiosque da Pousada Aconchego de Minas, onde estavam 58 hóspedes, e a rede elétrica da Rua Doutor Décio Guanabarino, no Bairro Aeroporto, antes de arrastar árvores e cair na granja de uma propriedade privada. A aeronave explodiu a cerca de 200 metros da pista do aeroporto.
Morreram na tragédia o presidente da empresa Vilma Alimentos, Domingos Costa Neto, de 58 anos, e o filho, Gabriel Barreira Costa, de 14, Rodrigo Henrique Dias da Silva, 54, César Roberto Penha Tavares, 55, Jair Barbosa, 61, Tiago Felipe Cardoso Bretas, 26, Lídia Colares de Souza Lima, 30, e Adriana da Conceição Rocha Vilela, 46.