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Estado de Minas

Resistência de moradores faz empresa desistir de hotel na Pampulha

Rede de hotelaria responsável pela marca Go Inn havia apresentado uma carta de intenções para uso do prédio, mas anunciou que não quer mais administrar o hotel em construção


postado em 03/04/2012 12:14 / atualizado em 03/04/2012 13:18

A pressão da comunidade pela não aprovação dos empreendimentos foi vencida pela decisão da prefeitura e da Justiça em liberar as construções na Alfredo Camarate(foto: Euler Junior/EM/D.A Press. Brasil.)
A pressão da comunidade pela não aprovação dos empreendimentos foi vencida pela decisão da prefeitura e da Justiça em liberar as construções na Alfredo Camarate (foto: Euler Junior/EM/D.A Press. Brasil.)

A resistência de moradores da Pampulha e a polêmica gerada por causa da construção de dois hotéis na Avenida Alfredo Camarate fez a administradora Atlantica Hotel International, dona da marca Go Inn, desistir do projeto. O hotel, que será construído pela Brisa Empreendimentos Imobiliários, foi projetado para ter 59 metros e 13 andares. A empresa responsável pela marca Go Inn havia apresentado uma carta de intenções para usar a estrutura, mas não assinou o contrato de administração do edifício. Com o anúncio da desistência, a Brisa terá que escolher outro empresa interessada em explorar o prédio.

Apesar da pressão da comunidade, a Justiça e a prefeitura de Belo Horizonte se posicionaram favoravelmente à liberação das construções. Além do prédio da Brisa, outro edifício de 48 metros deverá abrigar o Hotel Bristol Stadium. Uma longa batalha se travou entre associação de moradores, Conselho Municipal de Política Urbana (Compur) e construtoras. O Ministério Público de Minas Gerais entrou na Justiça para impedir as obras, porém o juiz Alyrio Ramos, da 3ª Vara da Fazenda Pública Municipal, indeferiu a solicitação e autorizou os hoteis no cartão-postal de BH.

A obra na Pampulha foi permitida após uma mudança na Área e Diretrizes Especiais (ADE). As leis 9.952, conhecidas como Lei da Copa, e 9.959, que revisou a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo de Belo Horizonte, aprovadas em 2010, permitiram a construção de mais andares em hotéis, para estimular o crescimento da infraestrutura hoteleira, visando o Mundial de 2014. Porém, essas mudanças revoltaram a população, que é contra a verticalização da região. Moradores alegam que a área não está preparada para os impactos ambientais e problemas de mobilidade urbana que os empreendimentos trarão.

O em.com entrou em contato com a Brisa Empreendimentos Imobiliários e aguarda retorno.

Novo hotel

Como o investimento na Região da Pampulha se tornou inviável, a Atlantica Hotel International anunciou que vai administrar um outro hotel na capital. A empresa dona da marca Go inn ainda não desistiu de projetos para a Copa em BH. O outro prédio deve ser construído perto do Shopping Del Rey, no Bairro Caiçara, na região noroeste, a cerca de quatro quilômetros do Mineirão.


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