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Estado de Minas

Polícia Civil apresenta dois homens acusados de torturar adolescente por 4 horas

A menor foi queimada, na última quinta-feira, com plástico derretido e moedas e colheres em brasa aquecidas por isqueiros


postado em 13/03/2012 11:07 / atualizado em 13/03/2012 12:18

Homens suspeitos de torturar adolescente no Morro do Papagaio, em BH (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)
Homens suspeitos de torturar adolescente no Morro do Papagaio, em BH (foto: Paulo Filgueiras/EM DA Press)

A Polícia Civil apresentou na manhã desta terça-feira dois dos sete suspeitos de torturarem uma adolescente no local conhecido como Vila Estrela, no Morro do Papagaio, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Dos sete integrantes do grupo que torturou a menina, dois são maiores e estão foragidos com mandado de prisão decretado e três são menores.

A adolescente foi encontrada pela Polícia Militar durante uma operação para combater o tráfico de drogas na região, na última sexta-feira. Ela estava em situação degradante, com diversos machucados no corpo e denunciou que tinha sido torturada por um grupo de sete homens durante 4 horas. O motivo da tortura seria uma disputa por ponto de venda de drogas. A menor foi queimada, na última quinta-feira, com plástico derretido e moedas e colheres em brasa aquecidas por isqueiros. Foram feitas queimaduras em todo o corpo, até no couro cabeludo.

Identificados com base nos depoimentos da vítima, Bruno Henrique do Carmo Dias e Winston Keneddy Duarte, ambos de 18 anos, foram presos na noite dessa sexta-feira. Segundo a Polícia Civil, eles pertencem a uma quadrilha de 20 pessoas, 12 deles menores, que disputam pontos de droga no Morro do Papagaio. Ambos são acusados de tortura, cárcere privado e corrupção de menores. Eles ficarão presos no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).

O caso

A adolescente é namorada de um traficante que tentava conquistar pontos de distribuição de entorpecentes. A jovem foi alvo de retaliação da gangue que domina o local. A vítima disse que só não foi executada para servir como exemplo, ou seja, a tortura foi um recado para que o namorado abandonasse de vez a região. A menina foi encaminhada ao Conselho Tutelar e foi incluída no programa de proteção a testemunhas.

Confira o depoimento da adolescente na reportagem da TV Alterosa


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