Capitão da PM reage a tentativa de assalto e mata suspeito na Região Noroeste de BH

O capitão Melo, lotado no 34º Batalhão da  da Polícia Militar (PM), reagiu a uma tentativa de assalto no fim da noite de segunda-feira, no Bairro Coqueiros, na Região Noroeste de Belo Horizonte, e atirou contra um dos suspeitos. De acordo com o tenente-coronel Idzel Fagundes, comandante do batalhão, por volta de 21h15, o militar estava no carro dele, um Cross Fox, indo para um pizzaria. Ele iria comprar comida e levar casa.

Ao estacionar o veículo, percebeu, pelos retrovisores, a aproximação de dois homens. O policial viu que um deles estava armado. Segundo Fagundes, o militar continuou agindo normalmente, pegou o a bolsa com dinheiro para comprar a pizza, mas monitorou os suspeitos que se aproximavam. A farda do policial ficou no banco do passageiro, ele estava à paisana porque já havia deixado o serviço.

O capitão tirou sua arma do cinto e escondeu a pistola enquanto os suspeitos se aproximavam. Um homem chegou do lado esquerdo do carro e o outros pela porta do passageiro. Quando o primeiro suspeito anunciou o assalto chegando cerca de dois metros da janela do motorista, Melo atirou contra ele.

Mesmo baleado, o homem tentou fugir, assim como o comparsa que estava do outro lado do carro. Segundo informou o coronel Fagundes, o policial abriu a porta e começou a correr atrás dos suspeitos. O homem que estava ferido na perna e não conseguiu seguir em fuga, mas o comparsa desapareceu.

Uma viatura da PM chegou e socorreu o suspeito para o Hospital Odilon Behrens. Porém, segundo Fagundes, a vítima sofreu forte hemorragia e morreu antes de dar entrada na unidade. Militares do 34º Batalhão começaram as buscas pelo outro suspeito na Região Noroeste. Com informações de cinco testemunhas da pizzaria, chegaram a dois homens que estavam em um Fiat Uno vermelho.

De acordo com Fagundes, um dos suspeitos teria participado na abordagem ao capitão e contou com o apoio do comparsa na fuga. Os dois foram encaminhados para a delegacia Seccional Noroeste para serem ouvidos, mas não foi confirmada a atuação deles na tentativa de assalto. O capitão, apesar de ter monitorado os assaltantes, não se lembrava exatamente da fisionomia do suspeito. Na casa de uma deles foi apreendida uma arma, mas a PM não confirmou se o revólver foi usado para abordagem ao militar no Bairro Coqueiros.

O delegado plantonista da Delegacia Seccional Noroeste, Rodrigo Augusto Fraga, informou que um dos suspeitos disse ser parente da vereadora Neusinha Santos (PT). Segundo o agente, a parlamentar esteve na delegacia. O preso foi ouvido, mas não foi flagrado por envolvimento na abordagem ao capitão Melo. Ele foi autuado por posse ilegal de armas, pagou fiança e acabou liberado.

Segundo o delegado, o suspeito ainda não pode ser conectado à tentativa de assalto, pois não foi reconhecido pela vítima e a arma não parece ter sido usada na abordagem. Ainda de acordo com Fraga, os militares disseram que foram autorizados a entrar na casa desse suspeito e por isso conseguiram apreender a arma no local. A investigação dos fatos ficará a cargo do delegado titular da delegacia.

Em nota, a vereadora Neusinha Santos informou que acompanhou os fatos envolvendo seu sobrinho para prestar solidariedade e buscar informações sobre o que estava acontecendo. A vereadora disse ter sido informada sobre a apreensão da arma com o rapaz e que “não havia qualquer vinculação entre a arma encontrada em sua residência e a suposta tentativa de assalto a um oficial da Polícia Militar, ocorrida no mesmo dia”. Sobre seu posicionamento a respeito do caso, a parlamentar disse, ainda em nota, “ele tem que ser apurado e responsabilizados os envolvidos, o que não é o caso do meu sobrinho”.


(Com informações de  Karina Novy/TV Alterosa e Cristiane Silva)