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Estado de Minas

Sensação de segurança aumenta após instalação de radares em trecho da BR-381

Ao longo dos 108 quilômetros que ligam Belo Horizonte a João Monlevade foram registradas, em 2010, mais de 100 mortes


postado em 19/09/2011 11:32 / atualizado em 19/09/2011 16:55

O trecho de 108 quilômetros que liga as duas cidades é um dos mais perigosos da rodovia(foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)
O trecho de 108 quilômetros que liga as duas cidades é um dos mais perigosos da rodovia (foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press)

Motoristas que passam por um dos trechos mais perigosos da BR-381, entre Belo Horizonte e a cidade de João Monlevade, na Região Central do estado, estão mais tranquilos em relação à segurança na estrada. O motivo são os 24 radares instalados ao longo 108 quilômetros que ligam as duas cidades.

A fiscalização mais rigorosa obrigou os condutores a trafegarem em velocidade mais baixa e o resultado foi a queda no número de acidentes. A Polícia Rodoviária Estadual ainda não tem um número oficial de ocorrências em 2011, mas segundo o diretor de comunicação do órgão, Aristides Júnior, já é possível perceber uma mudança positiva no comportamento dos motoristas."Não tenho dúvida que os acidentes diminuiram muito depois das instalação dos radares", afirma

O diretor explica que o balanço de acidentes na rodovia é feito anualmente e, por isso, o de 2011 ainda não saiu. Ele antecipa, no entanto, que no último mês de julho – período de férias em que o número de carros nas estradas aumenta e, consequentemente, o de acidentes – apenas uma morte foi registrada. No mesmo período de 2010, pelo menos oito pessoas perderam a vida nesse trecho. Em todo o ano passado, somente entre as duas cidades foram contabilizados 2.049 acidentes, 1.430 feridos e 111 mortos.

O histórico de acidentes e mortes na rodovia é longo e não é por acaso que a estada ficou conhecida como rodovia da morte. Com temor de trafegar na via, Adelson Pereira já deixou várias vezes o carro da família na garagem e viajou de ônibus para a casa dos pais na Região do Vale do Mucuri. “Morria de medo daquelas curvas e o tanto que as carretas passavam próximas da gente. Mas já superei e nas duas últimas férias, fui no meu carro”, conta. Segundo Pereira, a instalação de radares na rodovia era necessária. “ Aquela estrada não tem estrutura para velocidade. São muitas curvas principalmente em descidas”, avalia.

Em uma das curvas da BR-381, próximo ao trevo de Caeté, na Grande BH, Jhonatas Jean Amora Fernandes se acidentou, em setembro de 2009. Fernandes, que transporta remédios de Belo Horizonte para Governador Valadares, admitiu que a batida foi causada por excesso de velocidade. “Estava com o carro carregado e um pouco acima da velocidade. Não consegui fazer a curva e caí numa ribanceira”, relembra. A caminhonete Strada de Lima ficou completamente destruída e, por sorte, ele conseguiu sair sem ferimentos graves. “O carro não tinha seguro e eu ainda pagava as prestações. Tive prejuízo de mais de R$ 40 mil”, conta. O motorista não concorda com todas as instalações de radares, mas admite que, em alguns casos, eles são necessários. “Acho que essa história de colocar radares por todo lado é só desculpa para ganhar dinheiro, mas no caso desse trecho da 381, acho que realmente precisava” conclui.

No estado

De acordo com o Dnit, Minas Gerais é o estado com o maior número de radares em funcionamento. Segundo o órgão, há 87 equipamentos na malha viária federal, sendo 69 radares fixos e 18 lombadas eletrônicas. A previsão é de que 160 radares estejam em pleno funcionamento no estado até 2015.

No primeiro ano de fiscalização, os resultados positivos já começam a aparecer. No último feriado nacional, de Corpus Christi, segundo o balanço da Polícia Rodoviária Federal, a redução no número de acidentes foi 49%, se comparado com o mesmo feriado do ano de 2010.


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