Audiência pública realizada na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte nesta quarta-feira pôs em discussão os rumos da Lagoa da Pampulha, um dos principais cartões-postais da capital. Dois temas lideraram o debate: a chamada pública para empresas interessadas em tratar a água da lagoa e a classificação da qualidade da água da Pampulha. A meta proposta é que com a limpeza a lagoa atinja classificação Classe 3. "As águas continuarão impróprias para consumo humano, portanto, qualquer contato com o reservatório deve ser evitado, mas poderemos pescar, praticar esportes náuticos sem tocar na água. A Classe 2 é possível de ser atingida, é uma meta, mas em um segundo momento", assegurou o representante da Secretaria Municipal de Obras, Ricardo de Miranda Aroeira.
“Não há como sanear a Pampulha, sem sanear Contagem", diz Aroeira. Como boa parte dos rios e córregos que alimentam a lagoa estão em Contagem, não há como pensar em despoluir a Bacia da Pampulha sem passar pelo município vizinho. "São R$ 102 milhões em obras de implantação de redes, ligações e interceptores de esgoto em diversas vilas e bairros do município vizinho. Com as intervenções, o índice de atendimento de coleta e tratamento de esgoto sairá de 81% para 95%", pontua o secretário de Obras e Serviços Urbanos de Contagem, Leonardo Borges Castro.
O superintendente de Tratamento da Copasa, Eugênio Álvares de Lima e Silva, lembra que o esgoto é apenas um dos problemas da poluição no local, e que outras ações devem ser feitas, como o desassoreamento da lagoa.