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Estado de Minas

Custo de vida eleva pessimismo em BH

Preço da cesta básica sobe 1,14% em junho e desânimo da população com a economia e o mercado de trabalho é o maior dos últimos 12 anos. Índice de confiança cai a 31,37 pontos


postado em 06/07/2016 06:00 / atualizado em 06/07/2016 08:10

O belo-horizontino nunca esteve tão pessimista com a economia e o mercado de trabalho como atualmente. De acordo com pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis (Ipead) de Minas Gerais, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgada ontem, o Índice de Confiança do Consumidor da capital de junho chegou a 31,37 pontos, sendo que na escala de 0 a 100, o 100 representa o otimismo máximo. O índice é o menor registrado nos últimos 12 anos, desde o início da série histórica, em 2004. Como combustível ao desânimo, a vida em BH ficou mais cara e houve, em junho um aumento de 1,14% no valor da cesta básica, sendo o feijão o maior vilão da inflação com alta de 92,59% no acumulado dos últimos 12 meses.

Quando questionado sobre a expectativa com o item emprego da pesquisa do Ipead, os entrevistados mostraram um pessimismo histórico, com variação negativa no mês igual a -20,18%, sendo que, no acumulado de 12 meses, o percentual foi de -54,44%. “Os entrevistados se mostraram muito pessimistas, tanto que batemos o recorde da série histórica. Ao perguntar para eles sobre o desemprego, quanto mais baixa a nota, pior é a percepção deles e registramos uma queda de 20,18% de maio para junho. É muito baixo”, comenta a coordenadora de pesquisa e desenvolvimento da Fundação Ipead, Thaíze Martins, destacando que, sobre a situação econômica do país, houve uma retração de -6,53% e, em 12 meses, o índice chegou a -12,01%.

De acordo com a fundação, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a evolução dos gastos das famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, apresentou uma variação positiva de 0,83% na quarta quadrissemana de junho. O Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), referente às famílias com renda de 1 a 5 salários mínimos, apresentou, no mesmo período, variação positiva de 0,92%.

“As variações mostram que a inflação é continuada. Geralmente, no mês de junho, é registrada uma deflação ou índices mais baixos. Tanto em junho de 2015 como agora, houve essa variação positiva que é considerada alta para a época. A última vez que isso ocorreu foi em junho de 1996, quando a inflação aumentou em 0,96% frente ao mês anterior”, compara Martins. No ano, o IPCA alcançou 6,48% e, em 12 meses, o índice foi para 11,50%.

Os resultados foram obtidos pela Fundação Ipead /UFMG, mediante comparação dos preços médios praticados no período de 1º a 30 de junho deste ano, quarta quadrissemana de junho, com os preços médios praticados entre 1º e 31 de maio de 2016, quarta quadrissemana de maio.

Dentre os 11 itens agregados que compõem o IPCA, os maiores destaques foram às altas de 3,99% para Saúde e cuidados pessoais e 3,94% para alimentos de elaboração primária. No sentido oposto destaca-se os alimentos in natura com queda de 5,76%.

O valor da cesta em junho foi de R$ 411,55 e representou 46,77% do salário mínimo. O vilão foi novamente o feijão carioquinha. O tomate, que já foi o protagonista da inflação, virou o mocinho em BH. Segundo a pesquisa, em junho ele teve queda de 18,23% e, em 12 meses, caiu 26,68%.


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