(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

IBGE vê mercado de trabalho em ciclo vicioso, com quedas no rendimento e emprego


postado em 29/06/2016 13:07

Rio, 29 - O mercado de trabalho está num ciclo vicioso, com perda de rendimento e queda na qualidade do emprego, afirmou nesta quarta-feira, 29, o coordenador de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Cimar Azeredo. Segundo ele, dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados mais cedo mostram que o trabalho por conta própria já não absorve a perda no emprego com carteira assinada.

O contingente de empregados no setor privado com carteira assinada somou 34,444 milhões de pessoas no trimestre móvel até maio, 1,520 milhão a menos (queda de 4,2%) do que em igual período de 2015. Já a ocupação como "trabalhador por conta própria" viu o contingente aumentar em 952 mil pessoas (4,3% a mais) na mesma base de comparação.

"Para onde estão indo esses trabalhadores que perdem a carteira de trabalho? Parte expressiva dessa população está montando o próprio negócio e trabalhando por conta própria. Só que esse canal está cada vez menor. A saída da informalidade está se complicando", afirmou Azeredo.

Outro sinal de perda de qualidade no emprego, segundo o pesquisador do IBGE, é o aumento das populações ocupadas em atividades tradicionalmente marcadas pela informalidade e precariedade, como "alojamento e alimentação" e "serviços domésticos". Em um ano, os contingentes ocupados nessas atividades cresceram em 180 mil pessoas (mais 4,1%) e 390 mil pessoas (mais 6,5%), respectivamente.

Por isso, Azeredo considera que o mercado de trabalho está num ciclo vicioso. "Você tem hoje um mercado que não contrata e dispensa trabalhadores com carteira", afirmou o pesquisador. Com mais desempregados e renda menor, a capacidade de consumo das famílias seguiu em baixa até maio.

Ainda assim, Azeredo destacou que a Pnad Contínua do trimestre móvel até maio ainda capta efeitos da demissão dos trabalhadores temporários, tradicionalmente contratados no fim do ano e, em geral, demitidos até março.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)