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Estado de Minas

Mercado prevê inflação acima de 10% neste ano

Mediana avançou de 9,99% para 10,04%, atingindo, portanto, a marca de dois dígitos pela primeira vez na pesquisa geral. Retração do PIB passa para 2% em 2016


postado em 16/11/2015 09:07 / atualizado em 16/11/2015 09:42

A inflação oficial no país deve passar dos 10% este ano, segundo projeção do mercado financeiro no Relatório Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 16, pelo Banco Central. A mediana avançou de 9,99% para 10,04%, atingindo, portanto, a marca de dois dígitos pela primeira vez na pesquisa geral. Esta é a nona semana consecutiva em que há alta das estimativas para esta variável. Há quatro edições do documento, a mediana estava em 9,75%

Para 2016, a mediana das projeções para o IPCA do ano que vem chegou ao teto da meta e está agora em 6,5%. No levantamento anterior, o ponto central da pesquisa estava em 6,47% e no de quatro semanas atrás, em 6,12%. O Banco Central já avisou não mirar mais 2016, mas, sim, 2017 em sua tarefa de levar a inflação para o centro da meta.

No caso do Top 5 de 2015, o ponto central da pesquisa passou de 10,16% para 10,28%. Há quatro semanas, essa mediana estava em 9 81%. Para 2016, o grupo dos analistas que costuma acertar mais as estimativas, manteve a perspectiva para o IPCA em 6,98%. Quatro edições atrás do boletim Focus, estava em 6,72%.


No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC havia apresentado estimativa de 9,5% para este ano tanto no cenário de referência quanto no de mercado. Pelos cálculos da instituição revelados no RTI, o IPCA para 2016 subiu de 4,8% para 5,3% no cenário de referência e passou de 5,1% para 5,4% no de mercado. Na ata do Copom mais recente, o BC informou que suas projeções subiram ainda mais, tanto no cenário de mercado quanto no de referência.

Para a inflação de curto prazo, a estimativa para novembro subiu de 0,62% para 0,66% de uma semana para outra ante taxa de 0,58% verificada há um mês. No caso de dezembro, a taxa passou de 0 71% para 0,75%. Quatro semanas atrás estava em 0,67%. As expectativas para a inflação suavizada 12 meses à frente subiram mais, passando de 6,70% para 6,76% - quatro edições atrás estavam em 6,27%.

Mediana para 2017 Não houve alterações das previsões do mercado financeiro para a inflação de mais longo prazo, conforme a abertura do Relatório Focus. Para 2017, ano que é o novo foco de ação da instituição, a taxa permaneceu em 5%, como já estava desde 9 de outubro. Da mesma forma, para 2018, as projeções ficaram inalteradas em 5% - atingiram esse novo patamar na semana passada. Para 2019, a mediana das expectativas é de uma variação de 4,50%.

Entre as instituições Top 5 - aquelas que costumam ver suas estimativas mais próximas da realidade - também não houve mudanças nas previsões em relação à semana passada. Para 2017, a mediana desse grupo seguiu em 5,35%; para 2018, em 5,25% e, para 2019, em 5,00%.

Retração do PIB passa para 2% em 2016


O Relatório de Mercado Focus trouxe mudanças mais amenas para a atividades esta semana. De acordo com o documento divulgado pelo Banco Central, a perspectiva de retração do Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem passou de 1,9% para 2%. Há um mês, a mediana das projeções estava em -1,22%. Para 2015, a perspectiva de contração seguiu em 3,10% - um mês antes estava em queda de 3,00%.

Segundo o IBGE, o PIB brasileiro caiu 2,6% no segundo trimestre deste ano na comparação com o primeiro e 1,9% ante o mesmo período de 2014. No Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, o BC revisou de -1,1% para -2,7% sua estimativa para a retração econômica deste ano.

No caso da produção industrial, a mediana das expectativas para 2015 ficou inalterada em -7,40% (um mês antes estava em -7,00%). Para 2016, passou de -2,00% para -2,15%. Há quatro semanas, estava em -1,00%.

Já na relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 2015, a projeção dos analistas apresentou uma leve melhora, passando de 35,80% para 35,50% - quatro edições antes estava em 35,65%. Para 2016, a taxa também apresentou alívio ao sair de 39,60% para 39,40% - um mês antes estava em 39,20%.


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