A orientação do governador Fernando Pimentel à nova diretoria da Cemig é tentar uma solução negociada para que a companhia mantenha sob sua concessão três usinas hidrelétricas sobre as quais ela perdeu direito à renovação automática, depois da mudança de regras do setor elétrico, definidas na Lei 12.783. A empresa mineira recorreu à Justiça para não entregar à União as usinas hidrelétricas de Jaguara e de São Simão. A concessão da hidrelétrica de Miranda deverá expirar em 2017.
A disputa de Jaguara está tramitando no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O novo presidente da Cemig, Mauro Borges Lemos, afirmou hoje, ao tomar posse no cargo pela manhã, que a postura definida com o governador de Minas é pela negociação. "O primeiro caminho que nós temos de percorrer é do entendimento com o Judiciário e a União", disse. Manter as três usinas sob seu guarda-chuva é essencial para a Cemig. "Não há solução a não ser a negociada. Este é o caminho", disse Borges Lemos.
Ao empossar a nova diretoria da Cemig, o governador Fernando Pimentel disse que a instituição tem muitos desafios pela frente. "Não vai faltar apoio decidido do governo do estado para o principal objetivo posto, o de conciliar o interesse legítimo dos acionistas com os dos trabalhadores e consumidores de eficiência, qualidade e modicidade do serviço", afirmou.
Além do presidente, tomaram posse hoje o secretário de Estado da Fazenda, Afonso Bicalho Beltrão da Silva, na presidência do Conselho de Administração da concessionária e o diretor vice-presidente Mateus de Moura Lima Gomes. Os outros diretores empossados são Fernando Henrique Schüffner, de Desenvolvimento de Negócios; Márcio Lúcio Serrano, de Gestão Empresarial; Eduardo Lima Andrade Ferreira, de Gás; Ricardo José Charbel, de Distribuição e Comercialização; Fabiano Maia Pereira, de Finanças e Relações com Investidores; Evandro Leite Vasconcelos, Comercial; Franklin Moreira Gonçalves, de Geração e Transmissão; Luiz Fernando Rolla, de Relações Institucionais e Comunicação; e Raul Lycurgo Leite, Jurídico.