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Estado de Minas

Papéis da Petrobras acumulam perdas de 13% na semana na Bolsa

No mesmo período, queda do Ibovespa chega a 5,94%. Ontem, dia foi de cautela


postado em 23/10/2014 06:00 / atualizado em 23/10/2014 07:23

Navio plataforma da Petrobras no litoral paulista: desconfiança de investidores (foto: Steferson Faria/Agencia Petrobras de Noticias )
Navio plataforma da Petrobras no litoral paulista: desconfiança de investidores (foto: Steferson Faria/Agencia Petrobras de Noticias )
Brasília – Alvo de investigações e com a nota de classificação de risco rebaixada pela agência Moody’s, as ações da Petrobras caíram três dias seguidos e acumulam perdas de 13% nesta semana. Ontem, depois de despencarem 7% na véspera, os papéis da petroleira tiveram uma trégua e fecharam o pregão com desvalorizações tímidas. As preferenciais caíram 0,42%, cotadas a R$ 16,60, e as ordinárias recuaram 0,86%, precificadas em R$ 16,05.

O dia foi de volatilidade e cautela na Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBovespa), com menor volume de negócios. Depois de passar grande parte do pregão em alta, o principal índice, Ibovespa, fechou estável, com queda de 0,04% aos 52.411 pontos. Entre as maiores altas, papéis da JBS (3,01%), Usiminas (2,79%) e BRF (2,64%). As maiores quedas ficaram com a ALL (-4,67%), Eletrobras (-3,10%) e Banco do Brasil (-2,31%). Na semana, o Ibovespa acumula queda de 5,94% e, no mês, desvalorização de 3,15%. Em um ano, contudo, o índice ainda registra alta de 1,76%.

Para o analista da Guide Investimentos Fábio Galdino de Carvalho, o desempenho do pregão de ontem foi bastante influenciado pelo quadro político. “O que houve foram alguns ruídos de pesquisas eleitorais. O índice chegou a subir 1,40% e depois fechou em queda. O mercado deve continuar volátil ao sabor do quadro eleitoral esta semana”, avaliou.

CÂMBIO EM AJUSTE
O movimento cambial, contudo, refletiu alguns movimentos do mercado externos, na avaliação do gerente de câmbio da Corretora Treviso, Reginaldo Galhardo. Após começar o dia operando em alta e passar a recuar, o dólar voltou a avançar no fim do pregão e encerrou com valorização de 0,15%, a R$ 2,480. “O euro sofreu contra o dólar, saíram índices que dão mais conforto aos Estados Unidos e a moeda norte-americana se valorizou. Mas a volatilidade no Brasil é reflexo do quadro eleitoral”, disse.

Galhardo explicou que o fluxo cambial a favor do país em R$ 1,4 bilhão ajudou a amenizar a alta da divisa dos Estados Unidos. “A cotação chegou a R$ 2,466 na mínima e R$ 2,495 na máxima. Depois se acomodou no meio. O mercado está se ajustando. Mesmo que saia uma pesquisa indicando a presidente Dilma Rousseff na frente, o dólar já está precificado. Não vai passar de R$ 2,50 nem que ela ganhe a eleição. O que pode ocorrer é cair se o Aécio vencer”, ponderou.

Na semana, o dólar acumula alta de 1,96%. No mês, de 1,17%. No ano, há valorização acumulada de 5,20%. A cotação da moeda-americana ainda sofre o efeito da intervenção diária do Banco Central. Ontem, a autoridade monetária vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 196,7 milhões. O BC também vendeu a oferta total de até 8 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total, equivalente a US$ 8,84 bilhões.

Enquanto isso... …fluxo cambial no azul

O fluxo cambial fechou semana passada no azul, com saldo de US$ 1,4 bilhão. Segundo dados divulgados ontem pelo Banco Central (BC), a entrada líquida de US$ 1,63 bilhão na conta comercial compensou a saída líquida de US$ 230 milhões na conta financeira. Os analistas apontam a internalização de mais de US$ 1 bilhão pela mineradora Vale como principal fator para o fluxo ter ficado positivo. Apesar disso, o resultado mensal está negativo em US$ 700 milhões, com superávit de US$ 2 bilhões na conta comercial e da saída líquida de US$ 2,7 bilhões da conta financeira. No ano, contudo, o fluxo acumulado está positivo em US$ 678 milhões, com superávit de US$ 5,52 bilhões no comercial e saída líquida de US$ 4,84 bilhões da conta financeira. Em igual período de 2013, o fluxo estava negativo em US$ 3,93 bilhões.


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