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Estado de Minas

Mais que apenas um rosto parecido, sósias mostram admiração pelos ídolos


postado em 11/02/2013 00:12 / atualizado em 11/02/2013 11:34

A admiração pela banda inglesa Queen levou o vocalista e tecladista Reinaldo Amand Machado a formar há 12 anos a banda Lurex, que faz cover do grupo britânico. A aparência física e o timbre de voz parecidos com Freddie Mercury fizeram com que Machado atuasse como vocalista do grupo. Na temporada de shows, o bigode fica maior. E, para ficar mais próximo do ídolo, Machado aprendeu a tocar piano e usa camiseta do Super Man, do Flash Gordon, jaqueta de couro e calça apertada. “Tenho todas as roupas dele”, diz.


O Lurex faz, em média, de oito a 10 shows do Queen por mês. “A ideia é transportar o público para as décadas de 70 e 80”, diz Machado. Além de atuar na banda, o vocalista é funcionário público. Mas prefere não revelar os ganhos com o show. “É uma boa forma de complementar a renda”, resume.

Leonardo Thomasi, de 65 anos, trabalha como Papai Noel há 17. Ele tem as principais características do bom velhinho: 1,90m, 130 quilos, barba e cabelos brancos, bochecha rosa, olhos verdes e muito carisma. Até há pouco tempo Thomasi pesava 150 quilos, mas teve que emagrecer 20kg por problemas de saúde. O mínimo que pode pesar é 125 quilos, o exigido nos contratos com os shoppings no fim do ano. “O meu médico fala no meu ouvido toda hora para eu emagrecer e pesar 110 quilos. Eu explico que não tem como, pois ganho dinheiro com meu corpo. Eu corro o risco de ter que fazer quatro pontes de safena em função do meu peso. Mas de que vou viver? É um dilema muito sério”, diz. Além disso, Thomasi é filho de família italiana e não resiste a uma boa macarronada, pizza, sanduíches e geleias.

Renda concentrada E, se ele emagrecer muito, não vai poder atuar como bom velhinho e vai se complicar a situação da sua empresa, a Gnomos Organizações de Eventos, que tem a concessão de imagem de 14 Papais Noéis. Ele fornece o profissional nos principais shoppings de Belo Horizonte. “Eu me sinto Papai Noel o ano inteiro. As pessoas não me chamam de Leonardo. Me chamam de Papai Noel. No meu bairro e vizinhança todo mundo me conhece como Papai Noel, ninguém sabe quem é Leonardo”, diz.

Nos últimos três meses do ano ele ganha o suficiente para se sustentar ao longo dos demais meses. O dia 24 de dezembro é o de maior trabalho – e mais lucrativo – do ano. Ele passa em cinco casas de famílias. “Começo às 20h e termino à 1h da manhã. Levo os presentes, brinco, conto histórias. Fico 45 minutos em cada casa. Há pessoas que sentaram ao meu colo quando crianças e hoje os filhos delas sentam ao meu colo”, diz. Ser o bom velhinho, no entanto, não é fácil. Tem que ser paciente. “Além de lidar com crianças, tenho que lidar com os adultos, que são muito chatos. São piores do que as crianças. O pai manda o filho puxar o gorro, a barba. Nenhum pai quer que seu filho enfrente as filas, só os filhos dos outros que podem”, diz.

 

 


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