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Estado de Minas

Super Nosso vai vender na web

Empresa investiu R$ 1,5 mi para oferecer o serviço, animada pelo crescimento do setor, que ficou em 4,96% no ano passado


postado em 01/02/2013 06:00 / atualizado em 01/02/2013 09:57

 O diretor do supermercado Super Nosso, Edimilson Pereira, fala sobre o lançamento do primeiro e-commerce de alimentos e bebidas da capital(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
O diretor do supermercado Super Nosso, Edimilson Pereira, fala sobre o lançamento do primeiro e-commerce de alimentos e bebidas da capital (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Embalado pelo crescimento de 4,96% em 2012, o setor de supermercados vai investir este ano R$ 300 milhões na abertura de 43 unidades no estado, que vão gerar cerca de 8 mil postos de trabalho. O resultado, superior à expectativa da Associação Mineira de Supermercados (Amis) – que previa entre 4% e 4,5% –, foi apresentado ontem. O bom momento também abre caminho para a criação de novos negócios, como o lançamento do primeiro e-commerce de alimentos e bebidas em Belo Horizonte, ainda neste semestre, pela rede Super Nosso.


Entre os fatores apontados pela Amis para o aquecimento do setor estão os investimentos na melhoria dos serviços e o baixo nível de desemprego no país, que mantém a renda e o poder de compra dos consumidores. Adilson Rodrigues, superintendente da associação, destaca também proatividade dos empresários mineiros. “Em Minas, o varejo ainda é muito pulverizado, com particularidades geográficas e culturais. As grandes empresas competidoras se sentem atraídas para investir aqui, mas também estão atentas a essas dificuldades. Já as empresas daqui, bem entrincheiradas em suas regiões, têm ocupado esses espaços antes que as de fora façam isso.”

A expectativa de investimentos é R$ 50 milhões maior que a do ano passado, mas o número de unidades que serão abertas se manteve. Para Adilson, isso significa que mais recursos serão aplicados em lojas maiores e melhores. “Além disso, o supermercadista tem se mostrado atento às novas tendências e percebe nichos para atender demandas dos novos consumidores, o que chamamos de economia criativa.”. Mobilidade e conectividade, portanto, são temas que devem permear projetos futuros, como é o caso da venda pela internet de produtos perecíveis.

Internet

A rede Super Nosso está investindo R$ 1,5 milhão para lançar um sistema de compras on-line que inclui alimentos e bebidas. Os pedidos serão enviados em até 24 horas e o cliente poderá escolher o período do dia em que a entrega será realizada. Edmilson Anacleto Pereira, diretor de Supply Chain do Super Nosso, explica que as vendas pela internet serão viabilizadas por uma equipe própria, independente das lojas físicas, que vai trabalhar em um centro de distribuição de 2,5 mil metros quadrados na Avenida Cristiano Machado. “Esse projeto passou por um estudo interno de dois anos e nos últimos oito meses foi efetivamente desenvolvido. Estamos em fase final de testes e treinamento da equipe, porque o delivery de alimentos é muito diferente de outros produtos.”

O objetivo da rede é alcançar, no terceiro mês de funcionamento, uma média de 60 pedidos/dia, o que representaria um faturamento mensal de R$ 1 milhão. “A ideia é conseguir dobrar a capacidade em um ano.” De acordo com Edmilson, o público-alvo serão clientes das classes A e B, com gasto médio 10 vezes maior que o da loja convencional, de R$ 60.

Pioneiro no serviço de entrega de alimentos no Brasil, o grupo Pão de Açúcar espera trazer para Belo Horizonte o e-commerce do supermercado Extra no ano que vem. O lançamento deve ser feito simultaneamente ou pouco depois do Recife, referência para o grupo no Nordeste. José Carlos Peralta, gerente de Operações Delivery do Pão de Açúcar, explica que a venda de alimentos pela internet já é feita pelo grupo no Rio de Janeiro e em São Paulo desde setembro do ano passado e que o crescimento do negócio está dentro do esperado. “O crescimento do e-commerce de alimentos tem tido índices superiores aos das lojas físicas. É um negócio para se investir e quem sai na frente colhe os frutos primeiro.”

 

Shoppings vivem bom momento

 

A indústria de shopping centers teve desempenho 10 vezes superior ao da economia brasileira no ano passado e deve continuar crescendo em 2013. É o que aponta o Censo Brasileiro de Shopping Centers, divulgado ontem pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce). Em 2012, o setor registrou alta de 10,65% nas vendas em relação ao ano anterior e teve faturamento total de R$ 119,5 bilhões. Para 2013, a expectativa é de que haja aumento de 12% nas vendas e que o faturamento chegue a R$ 133,8 bilhões, com o anúncio de 48 novos empreendimentos em todo o país.

Desse total, a maior contribuição veio da Região Sudeste, que apareceu com o maior peso no faturamento do setor em 2012. Isso porque Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo reuniram 255 shoppings em operação, com faturamento de R$ 70,6 bilhões — cerca de 59% do total –, gerando 474 mil empregos. Em Minas, onde existem 38 malls em operação, o faturamento estimado do setor no ano passado foi de R$ 10,516 bilhões, enquanto em Belo Horizonte a receita foi de R$ 5,814 bilhões.

A segunda região com melhor desempenho, apontada pelo estudo, foi o Sul do país, com 82 shoppings, 16% do faturamento e 144 mil empregos diretos. Em terceiro lugar aparece o Nordeste, com 61 empreendimentos, seguido do Centro-Oeste, com 41, e Norte, com 18 shoppings. Na região Sudeste, o presidente da Abrasce, Luiz Fernando Veiga, destaca um crescimento horizontal, sem grandes diferenças entre os estados. “O desempenho nesses estados tem sido equilibrado. Apenas no Rio há um movimento um pouco diferente, por causa dos grandes esportivos que acontecerão por lá, que também impactam o setor”, comenta.

Segundo Veiga, embora a economia passe por um momento incerto, o setor de shoppings vai bem. “Sabemos que o cenário da macroeconomia é preocupante, mas nosso desempenho em 2012 foi bom e esperamos números melhores em 2013”, acrescenta. Entre as boas perspectivas para este ano, está a maior oferta de empregos diretos. Segundo o censo, a previsão é de que o número salte de 877 mil em 2012 para 987 mil em 2013. Até 2014, serão 1,03 milhão de empregos, além do crescimento no número de shoppings inaugurados. Só em 2012, foram 27 inaugurações, cerca de 16 na Região Sudeste.

CLASSE D

Com gasto médio de R$ 148 e 65% das pessoas passando pelo menos uma vez por semana pelo shopping e permanecendo por cerca de uma hora e 13 minutos a cada visita, também em média, o perfil do frequentador de shopping também foi destacado pelo balanço de 2012. O levantamento aponta ainda a presença dos clientes da classe D, que aparecem no estudo pela primeira vez e representam 1% dos frequentadores. A maior fatia, no entanto, corresponde aos frequentadores da classe B, cerca de 54%, seguida da classe C, com 23%, e classe A, com 22%. 

 

 


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