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Estado de Minas

Bovespa sobe com China, mas EUA dita o rumo do dia


postado em 29/05/2012 11:22

A esperança de que a China atuará para aliviar os problemas do mundo e adotar medidas de estímulo econômico a fim de não ser engolida pela crise das dívidas soberanas na Europa pode sustentar uma nova sessão de ganhos na Bovespa hoje, que busca se beneficiar do chamado "efeito de fim de mês". Mas os mercados ocidentais devem ditar o ritmo dos negócios locais, com a volta do pregão em Nova York e uma agenda econômica farta nos EUA. Por volta das 10 horas, o Ibovespa subia 0,47%, aos 55.473,27 pontos, na máxima.

O analista da Um Investimentos, Eduardo Oliveira, comenta, em relatório distribuído nesta manhã, que as expectativas de alívio econômico chinês devem influenciar positivamente a Bolsa e ajudar a garantir mais um pregão no azul. Graficamente, o analista técnico Gilberto Coelho diz que o fechamento acima dos 55 mil pontos, juntamente com o índice de força relativa (IFR) acima de 30, mantém a expectativa de continuidade da recuperação no curto prazo, rumo aos 56 mil pontos, inicialmente.

Oliveira, da Um Investimentos, lembra que a Bovespa está muito descontada em relação às demais bolsas mundiais, com uma desvalorização superior a 10% no acumulado de maio - o pior desempenho para o mês desde o início dos anos 2000. "Assim, com as expectativas de mais alívio na China, o reflexo interno deverá ser positivo, principalmente, para as mineradoras e siderúrgicas", diz, no documento.

Segundo a agência estatal de notícias chinesa Xinhua, Pequim não deve adotar um plano agressivo de estímulos, conforme implementado em resposta à crise financeira global de 2008-2009, após o colapso do Lehman Brothers. Ainda assim, há motivos para enxergar um movimento relativamente amplo do governo chinês para fornecer incentivos à economia, já que a aprovação de projetos de investimentos nos quatro primeiros meses de 2012 equivale a mais que o dobro do verificado em igual período do ano passado.


Para a equipe de analistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, encabeçada pelo economista Octavio de Barros, somente no caso de um agravamento considerável da situação europeia, a China lançaria mão da estratégia de adotar um ritmo de crescimento mais sustentável com ajustes finos na política (monetária e fiscal), anunciando estímulos fortes como os observados há três anos. "Ainda assim, acreditamos que a elevação dos gastos fiscais voltados às obras de infraestrutura será o motor para evitar uma desaceleração mais forte da economia do país asiático, sendo que a política monetária seguirá aliviando de forma gradual", conclui.

Esse gradualismo na adoção de medidas na China reduziu o ímpeto dos mercados internacionais, que estavam embalados na Ásia, alimentados por esperanças de um gigante emergente mais voraz. O índice Hang Seng, da Bolsa de Hong Kong, e o Xangai Composto, avançaram 1,4% e 1,2%, cravando a terceira e a segunda sessões seguidas de alta, respectivamente.

Já no Ocidente, as principais bolsas europeias seguem alarmadas pela saúde do sistema financeiro espanhol. Nova York, por sua vez, volta do fim de semana prolongado em alta, monitorando dados sobre atividade nas regiões do meio-oeste e em Dallas, além de números sobre os preços de moradias em cidades norte-americanas e sobre a confiança do consumidor dos EUA.

Por aqui, chama a atenção os inúmeros anúncios de fusão e aquisição anunciados por empresas brasileiras, entre elas Cosan, Ultrapar e GP Investimentos. Segundo advogados ouvidas pela Agência Estado, as novas regras do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que entram em vigor hoje, estariam apressando o empresariado a fechar a negociação dessas operações, a fim de serem julgados pelas normas anteriores.


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