Um retrato de Minas Gerais e dos mineiros, das histórias, dos tipos de economia e da cultura de dez regiões do estado foram o tema do debate do projeto Sempre um Papo e lançamento do livro Riquezas de Minas, ontem, no Museu Inimá de Paula. O livro é o resultado de projeto do jornal Estado de Minas e do Banco Rural e reúne em imagens e textos as vocações do estado, em uma compilação de 12 reportagens feitas de setembro a novembro de 2011, onde os autores envolvidos percorreram cerca de 20 mil quilômetros para conhecer as riquezas do estado.
A cerimônia contou com a presença do diretor-executivo do EM, Geraldo Teixeira da Costa Neto, do governador em exercício Dinis Pinheiro, do presidente do Banco Rural, João Heraldo Lima e do prefeito Márcio Lacerda. A obra, de autoria da jornalista Zulmira Furbino, tem fotos de Mário Castello e crônicas de Afonso Romano de Sant’Anna.
A primeira edição do livro vai ser doada nas escolas municipais de São Paulo e Belo Horizonte. “O livro traz muitas informações, não só econômicas e sociais, mas também decorrentes de crônicas e das fotografias. O nosso objetivo é divulgar para o maior número de pessoas possível, principalmente os jovens”, afirma João Heraldo Lima, presidente do Banco Rural e entusiasta do projeto. O governador em exercício, Dinis Pinheiro, enfatizou a beleza da iniciativa. “Espero que esse exemplo seja acompanhado por outros veículos de comunicação e outras empresas”, disse.
O diretor-executivo do Estado de Minas, Geraldo Teixeira da Costa Neto, ressaltou a vocação do jornal em retratar as histórias do estado. “O nosso objetivo era ter o olhar jornalístico sobre as riquezas de Minas. Retratamos como o mineiro vive em cada região”, afirmou.
Durante o debate, a jornalista Zulmira Furbino destacou as várias diferenças que constatou nas regiões visitadas. E contou a história da pequena cidade de Datas, no Vale do Jequitinhonha, que conseguiu reverter a realidade econômica. “A cidade vivia inicialmente da exploração de diamantes, mas estava sem alternativas fora do garimpo. Chegou uma pessoa lá e decidiu plantar morangos. Hoje a cidade vive de plantação de frutas, sem o desemprego”, conta.
Em 248 páginas, o livro trouxe histórias de diversas atividades do estado, entre mineração, siderurgia, comércio, agropecuária e indústria automobilística. “O livro é resultado de um trabalho em equipe de jornalista, fotógrafo, motorista e o meu, de escritor. Tentei resumir a história de Minas de forma flexível e poética, que é a crônica”, observou Afonso Romano de Sant’Anna.