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Estado de Minas BOLSA DE VALORES

Crise da economia global está iminente, diz revista Times

Investidores de todo mundo estão em estado de profundo alerta com a possiblidade de uma resseção mundial, puxada pelos cortes do orçamento americano e as crises em países como Espanha e Itália


postado em 04/08/2011 10:58 / atualizado em 04/08/2011 12:04

As bolsas de valores de todo o mundo estão derretendo e os investidores entrando em estado de pânico por causa da recessão econômica que deve atingir em breve os Estados Unidos e diversos países da Europa. A sensação é de que uma bomba-relógio está ligada e pode ser detonada a qualquer momento, caso países como a Espanha e a Itália entrem em colapso, afirmou o economista da Prosper Corretora, Demétrius Borel Lucindo. Na edição desta quinta-feira, a revista americana Times alerta para uma crise iminente da economia global. Segundo o artigo assinado por Zachary Karabell, as reações das bolsas americanas, que apresentaram quedas substanciais nos últimos dias, só representam o crescente consenso entre a classe dos investidores que uma dupla recessão é prevista e como resultado, as bolsas de todo mundo vão passar por tempos difíceis, com grande chance

de quebra. O autor ainda argumenta que mesmo para os mais otimistas analistas de mercado uma nova recessão é provável.

O artigo da revista Times cita o respeitável analista de mercado John Hussman, que, segundo ele, teme como desencadeador da crise global o contínuo crescimento chinês, que terá, em curto prazo, repercurssões em países como o Brasil, Canadá e Austrália. Nem o aguardado acordo entre democratas e republicanos sobre o aumento do teto da dívida americana realizado no início desta semana afastou as preocupações dos investidores do mercado de ações. Na verdade, elas ganharam força com a perspectiva de que a maior economia mundial terá que conter de forma representativa seus gastos e, desta forma, abalar a já abalada situação financeira do próprio país e das demais economias está assustando os mercados. A crise em países de peso na Europa, como Itália e Espanha, ainda reforça o cenário de cautela, com a possível contaminação da crise para novos países de maior peso na região.

No Brasil, o pregão da Bolsa de Valores de São Paulo teve o segundo pior resultado do ano nessa quarta-feira, com baixa de 2,26%, aos 56.017 pontos, o menor nível desde setembro de 2009. No acumulado do mês, a queda chega a 4,77% e, no ano, a 19,17%. "Mesmo com todas as incertezas lá fora, não há nada que justifique tamanho derretimento do mercado acionário brasileiro. Aqui, o consumo continua forte e as empresas listadas na Bovespa, lucrando como nunca", destacou o economista da Prosper. Na manhã desta quinta-feira, o pânico ainda tomava conta dos investidores. Com pouco mais de dez minutos de pregão, a Bolsa de Valores de São Paulo rompeu não só o patamar de 56 mil pontos como também o dos 55 mil pontos. Às 10h31, a queda era de 2,43%, a 54.669 pontos. Nos EUA, o Dow Jones recuava 1,40% no mesm o horário. Na Ásia, o iene desabava ante o dólar, depois que as autoridades japonesas intervieram para conter a alta recente da moeda, impulsionando a Bolsa de Tóquio. A maioria dos mercados da região, porém, fechou em queda devido aos temores sobre a desaceleração do crescimento mundial.

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