Em um mundo regido pelo valor de troca, onde tudo parece passível de ser comprado, vendido ou quantificado, há realidades que escapam radicalmente à lógica do mercado. Não porque sejam raras ou exclusivas, mas porque sua essência é de outra ordem: não admitem equivalente monetário sem perderem seu sentido mais profundo. O dinheiro pode adquirir um relógio suíço que marque as horas com precisão milimétrica, mas não compra o tempo que foge entre os ponteiros. Pode pagar a melhor terapia do planeta, mas não garante a paz interior. Pode financiar campanhas de marketing que simulam afeto, mas não produz amor verdadeiro.
Os antigos já sabiam disso. Aristóteles, em sua Ética a Nicômaco, distinguia o valor de uso do valor de troca e colocava a amizade na categoria dos bens que não se medem por utilidade instrumental: ela é valiosa por si mesma. Séneca, estoico implacável, ria da ideia de que a liberdade poderia ser vendida: “É tarde demais para poupar quando já se chegou ao fundo”. Kant, dois milênios depois, elevaria essa intuição à dignidade de princípio: a pessoa humana possui dignidade (Würde), não preço (Preis). Tratar alguém como meio para um fim é degradá-lo; tratá-lo como fim em si mesmo é reconhecer que há um abismo intransponível entre o que se negocia e o que se respeita.
Hoje vivemos a ilusão contrária. A economia comportamental, a neurociência do consumo e os algoritmos das grandes plataformas tentam, com sucesso assustador, traduzir afetos, atenção e até dignidade em dados monetizáveis. “Se é de graça, o produto é você”, avisa o ditado contemporâneo. Nesse cenário, lembrar que existem coisas que não têm preço torna-se um ato quase subversivo. Não se trata de nostalgia romântica, mas de resistência ontológica: afirmar que o riso de uma criança, a lealdade de um amigo, a coragem diante da dor, o instante de contemplação diante do mar ou a consciência de que estamos vivos não são mercadorias. São experiências cuja riqueza consiste justamente em não poderem ser expropriadas, acumuladas ou transferidas.
Aceitar que certas coisas não têm preço é também aceitar nossa própria finitude. O mercado promete controle total: saúde eterna, juventude embalada, memória externalizada em nuvens digitais. Mas a vida, em sua gratuidade radical, escapa. O amor chega sem fatura, a morte sem negociação, o tempo sem reembolso. Talvez a maior sabedoria consista em aprender a habitar esse território sem preço: onde não se compra nem se vende, apenas se recebe, se perde, se oferece e, por vezes, se agradece.
Porque, no fim das contas, as únicas coisas que realmente importam são exatamente aquelas que nenhum cartão de crédito, nenhum criptoativo e nenhuma fortuna conseguem adquirir. E é por isso que, paradoxalmente, elas são as mais preciosas.
Sem preço
Jantar preparado pelo chef Alex Atala foi uma das experiências na Galeria True Rouge, do artista Tunga, em Inhotim
E, no entanto, há momentos em que o mundo material parece conseguir, por um breve e mágico instante, aproximar-se do inefável. Foi exatamente isso que aconteceu neste último fim de semana, quando o World Legend Mastercard — cartão criado para quem já transcendeu as limitações comuns do consumo — lançou sua nova campanha global de experiências com o nome que resume tudo: “Priceless” ( não tem preço), conceito que se tornou referência mundial em experiências culturais, gastronômicas e emocionais
Durante dois dias, jornalistas e influenciadores selecionados foram convidados a vivenciar o que a marca chama, com razão, de experiências exclusivas. Hospedados no Clara Arte, o refúgio de arte dentro do Instituto Inhotim, eles puderam ouvir o som cristalino do piano de cauda nas mãos do mestre mineiro Wagner Tiso; vibrar com o show visceral de Rogério Flausino e Wilson Sideral revisitando Cazuza como quem reacende brasas; e, ao cair da noite, sentar-se à mesa comandada pelo chef Alex Atala — duas estrelas Michelin — para um jantar servido em frente ao impactante pavilhão True Rouge, de Tunga, sob um céu de estrelas que parecia ter sido polido especialmente para a ocasião. Entre o canto das cigarras, o coaxar dos sapos e o perfume úmido da mata atlântica, tudo conspirava para criar uma daquelas experiências que, em condições normais, diríamos que “não têm preço”.
Apaixonante a apresentação de Wagner Tiso ao piano no Clara Arte
E é aí que reside a beleza do gesto: o World Legend Mastercard não pretende vender o impossível; ele reconhece, com humildade e sofisticação, que certas vivências são mesmo inestimáveis — e então se coloca como o discreto facilitador que torna possível aproximá-las. Não compra o tempo, mas oferece dois dias em que ele parece parar. Não fabrica emoção, mas cria o ambiente perfeito para que ela floresça espontânea. Não substitui a arte, mas coloca você diante dela no momento exato em que ela decide se revelar por inteiro.
"Durante dois dias oferecemos experiências, vivências compartilhadas. Inhotim tem tudo o que planejamos para o conceito "Princeless Surprise" – arte, música, gastronomia e a experiência no Clara Arte. Um local que integra a hospedagem ao alto padrão do bem-estar e luxo", admira Roberta Catani, diretora de comunicação da Mastercard ao anunciar a presença do Chef Alex Atala, no jantar de segunda-feira na galeria True Rouge, em Inhotim.
Porque, se é verdade que amor, amizade e contemplação permanecem radicalmente gratuitos, também é verdade que há experiências — como ouvir Wagner Tiso tocar ao vivo sob as estrelas de Inhotim, ou dividir uma refeição de Alex Atala em frente a uma obra de Tunga — cuja intensidade e raridade as colocam na mesma categoria dos bens “sem preço”. O cartão não as torna mercadoria; apenas abre, para quem já caminhou muito, uma porta estreita que leva a um território onde o dinheiro, por uma vez, deixa de ser fim e se transforma em mero passaporte para o sublime.
“Decidimos que o lançamento do World Legend Mastercard não deveria ser através de um único evento. Não deveria ser num palco tradicional, mas sim, através de experiências. Queríamos que os convidados, parceiros, pudessem compartilhar com as pessoas que nos cercam, que amam, que vocês trouxeram aqui. Viagem, gastronomia e entretenimento, através da arte, aqui em Inhotim, são os três pilares do World Legend. Admira Hugo Silveira, vice-presidente de produtos da Mastercard.
Nesse sentido, o “Priceless” do World Legend não é propaganda enganosa: é constatação. Algumas coisas realmente não têm preço — e, paradoxalmente, só quem já entendeu isso até o fundo da alma tem condições de oferecer a outros instantes em que essa verdade se torna palpável, quase tangível, absolutamente inesquecível.
Chegada ao Brasil
Roberta Catani e o chef Alex Atala no jantar especial em Inhotim
O World Legend Mastercard é o produto mais exclusivo da companhia em todo o mundo e posiciona acima do Black. O Brasil é o primeiro país da América Latina a receber o cartão, que já tem sete emissores confirmados: Banco do Brasil, BTG Pactual, C6 Bank, Itaú Unibanco, PicPay, Sicoob e Sisprime do Brasil.
“O World Legend Mastercard representa um marco histórico na nossa estratégia global e eleva o padrão de relacionamento com o consumidor de altíssima renda. Ao mesmo tempo, oferece aos emissores uma plataforma única de fidelização e diferenciação”, afirma Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard Brasil. “O Brasil está entre os três maiores mercados da Mastercard no mundo. Ser o pioneiro na América Latina reforça a relevância do país em nossa operação.”
O luxo mudou: hoje é experiência
Pesquisas recentes da Mastercard mostram que 59% dos consumidores de altíssima renda preferem investir em experiências a bens materiais, priorizando memórias duradouras com família e amigos. Outro estudo da PYMNTS Intelligence (2025) revela que 74% dos usuários de cartões ultra-premium usaram ao menos um benefício no último ano, contra apenas 32% dos portadores de cartões tradicionais. No Brasil, 86% desse público usam o cartão com mais frequência que a média da população (65%).
Os pilares do World Legend Mastercard
Gastronomia
Experiências exclusivas nos melhores restaurantes com estrela Michelin do país: Casa 201, Corrutela, D.O.M., Fame Osteria, Huto, Jun Sakamoto, Kazuo, Kinoshita, Kuro, Maní, Oizumi Sushi, Ryo Gastronomia e Tangará Jean-Georges. Inclui jantares assinados, reservas prioritárias e valet gratuito. Em 2025 estreia o **Taste of Priceless** no Aeroporto de Guarulhos, lounge reservado com menu criado pelo chef Alex Atala (duas estrelas Michelin).
Arte e entretenimento
Curadoria exclusiva pela galeria Nara Roesler, com art advisor dedicado, convites VIP e visitas guiadas às principais feiras nacionais e internacionais de arte contemporânea.
Viagens
- “Anytime check-in e check-out” em hotéis de coleção: Palácio Tangará (SP), Copacabana Palace e Hotel das Cataratas (Belmond), Unique, Unique Garden, Botanique, Clara Arte (Inhotim), B Hotel (Brasília), Pousada Maravilha (Fernando de Noronha) e VIK (Chile e Uruguai).
- Benefícios exclusivos em cada propriedade (café da manhã, spa credit, welcome amenities).
- Curadoria personalizada pela Teresa Perez Collection.
- Seguro-viagem MasterAssist até US$ 1 milhão e MasterRental com cobertura de responsabilidade civil.
Acesso global
Concierge dedicado 24/7 + plataforma The Mastercard Collection: Fast Track em aeroportos, Taste of Priceless no mundo, reservas prioritárias em restaurantes Michelin internacionais, ingressos antecipados para shows, adesão Soho Friends com descontos na Soho House e dezenas de experiências Priceless.
Próximo nível (meados de 2026)
Versão ainda mais rara do cartão, com o benefício Air Companion – passagem aérea em classe executiva 100% gratuita para um acompanhante em rotas selecionadas, oferecido pelos emissores aos clientes mais qualificados.
