Time de Call of Duty: Mobile provou que time adversário utilizou software que alterava frequência da tela e tempo de resposta do dispositivo durante as partidas -  (crédito: Activision)

Time de Call of Duty: Mobile provou que time adversário utilizou software que alterava frequência da tela e tempo de resposta do dispositivo durante as partidas

crédito: Activision

Após meses de disputa na justiça, a equipe Galorys foi reintegrada na disputa do campeonato mundial de Call of Duty: Mobile. O time foi desclassificado da disputa após ter sido prejudicada por uma equipe rival, que usou um software que alterava frequência da tela e tempo de resposta do dispositivo durante as partidas. O jogo foi desenvolvido pela Activision em parceria com a ESL Group e é um dos maiores do mercado gamer.


Na disputa, a equipe teve um desempenho sólido, chegando a ficar invicta na fase de pontos corridos. Entretanto, quando chegaram nas eliminatórias, que levavam à disputa no exterior, o time teve uma queda acentuada no desempenho, sem motivo aparente, e não conseguiu se classificar para a próxima etapa do campeonato.

 


A Galorys coletou provas e investigou o caso para conseguir uma decisão liminar e voltar à disputa.
Luana Mendes, advogada responsável por prestar atendimento à  equipe, explica que, mesmo que o time adversário não fosse beneficiado pelo software, o regulamento proíbe esse tipo de ferramenta. "Independente se o aplicativo usado trouxe ou não benefícios para a equipe adversária, fato é que as regras do campeonato proíbem expressamente o uso de aplicativos e demais tecnologias. Isso precisa ser respeitado em favor da integridade desportiva", defende.


A liminar que garantia a volta da Galorys ao campeonato foi expedida em dezembro de 2023, mas teve o efeito suspenso após a contestação da Activision sobre o caso. A empresa alegou que o uso do aplicativo “SetEdit” não é impedido pelas regras do campeonato. Mas, ao apresentar o Livro de Regras do Mundial Call Of Duty Mobile, mostrou que está especificada a proibição de uso de qualquer aplicativo terceiro que possa alterar ou influenciar de alguma forma na jogabilidade.


O campeonato mundial, que tinha começado em fevereiro de 2023, já foi encerrado, mas o processo da Galorys continuará tendo prosseguimento, por causa das possíveis reparações indenizatórias, caso seja comprovada a utilização de programas indevidos pelos adversários.