A menopausa marca o fim dos ciclos menstruais e só é confirmada após 12 meses consecutivos sem menstruação. Trata-se de um processo natural que indica o encerramento da fase reprodutiva feminina. Isso ocorre porque os ovários deixam de produzir hormônios essenciais, como o estrogênio, responsável por regular várias funções do organismo.

A chegada da menopausa costuma vir acompanhada de sintomas como irregularidade menstrual, ondas de calor, alterações urinárias, mudanças na pele, aumento de pelos corporais e maior risco de osteoporose, condições que podem levar à necessidade de reposição hormonal.

De acordo com a ginecologista e especialista em reprodução humana da Fertipraxis, Maria do Carmo Borges de Souza, a gravidez natural após a menopausa já não é possível. No entanto, avanços na medicina reprodutiva oferecem alternativas. Se a mulher congelou os seus óvulos em idade fértil - idealmente antes dos 35 anos - a gravidez pode ser viável mesmo após o fim da vida reprodutiva natural.

“Hoje fala-se cada vez mais em planeamento reprodutivo. Prevenir é cuidar da saúde sexual e da saúde reprodutiva futura. Se a mulher congelou óvulos, sim, ela pode engravidar depois da menopausa”, explica a especialista, que também é membro do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Rede Latino-Americana de Reprodução Assistida (REDLARA), da qual já foi presidente.

Além do congelamento de óvulos, outras técnicas permitem que mulheres na menopausa realizem o sonho da maternidade:

- Ovodoação (doação de óvulos): a técnica mais utilizada. Óvulos de uma doadora jovem são fertilizados com o sêmen do parceiro ou de um doador, e o embrião é transferido para o útero da receptora, previamente preparado com hormônios

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- Recepção de embriões: utiliza embriões congelados, seja do próprio casal antes da menopausa, seja de doadores

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