Câncer de mama agressivo: novo tratamento apresenta avanço no controle
Estudo com uma nova combinação de medicamentos mostra redução de 36% no risco de avanço da doença, além de mais meses de estabilidade em relação ao padrão
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O congresso mundial San Antonio Breast Cancer Symposium (SABCS), dedicado ao câncer de mama, divulgou, na última quarta-feira (10/12) os resultados de um estudo que aponta avanço no tratamento de um dos tipos mais agressivos da doença. Os dados mostram que uma nova combinação de medicamentos pode aumentar o tempo de controle do tumor, reduzindo o risco de progressão em 36%.
O estudo avaliou pacientes com câncer de mama HER2-positivo, subtipo caracterizado pela produção excessiva da proteína HER2, que acelera o crescimento das células tumorais e exige terapias específicas. A pesquisa analisou a adição do medicamento tucatinibe à terapia padrão usada na fase de manutenção, etapa que busca manter o tumor sob controle após o tratamento inicial.
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Segundo os resultados apresentados, a estratégia com tucatinibe proporcionou meses adicionais de estabilidade da doença em comparação ao tratamento padrão isolado, com perfil de efeitos colaterais considerado administrável.
Para o oncologista Daniel Musse, que participa do simpósio, os resultados representam um avanço relevante no manejo da doença. “Os dados mostram que conseguimos prolongar o controle do tumor sem aumentar de forma significativa os efeitos colaterais. Esse é um ganho real para as pacientes, que passam a ter mais segurança e previsibilidade no tratamento “afirma.
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Daniel destaca que, em tumores agressivos, avanços como esse têm impacto direto na rotina das pacientes. “Uma redução de 36% no risco de progressão significa mais tempo com a doença estável, o que se traduz em qualidade de vida, manutenção da rotina e possibilidade de planejamento”, completa.
O estudo, chamado HER2CLIMB-05, incluiu 654 pacientes em 23 países, reforçando a consistência dos resultados apresentados. Os dados integram a programação do congresso, que reúne atualizações sobre terapias-alvo, imunoterapia e novas abordagens para o tratamento do câncer de mama.
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