Você está fazendo a higiene íntima do jeito certo?
Cuidado é essencial para prevenir infecções, irritações e alergias, além de preservar a saúde sexual da mulher; ginecologista alerta para os erros mais comuns
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A higiene íntima feminina, embora simples, precisa ser realizada com atenção. A ginecologista e obstetra, Elis Nogueira, reforça que o cuidado adequado é essencial para evitar infecções, alergias, irritações e alterações do pH da mucosa vaginal, fatores que podem favorecer a entrada de vírus e bactérias, especialmente durante a relação sexual.
Segundo a médica, cuidados básicos fazem toda a diferença. “A escolha da calcinha é o primeiro passo. O ideal é optar por tecidos leves e respiráveis, como o algodão, porque o abafamento favorece a proliferação de bactérias”, explica. Ela também reforça que absorventes externos e internos devem ser trocados a cada quatro horas para evitar umidade excessiva, mau odor e infecções.
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Higiene diária: o que muitas mulheres ainda fazem errado
Elis chama atenção para um erro comum: a forma de limpeza após evacuar. “A higienização deve ser sempre no sentido da vagina para o ânus, nunca ao contrário. Esse cuidado evita que bactérias presentes nas fezes contaminem a vulva”, alerta. O mesmo vale ao se secar com papel higiênico, ou mesmo ao usar o chuveirinho, primeiro se lava a vulva, depois o ânus.
Durante a relação sexual, a especialista reforça que qualquer contato das mãos ou pênis com a região anal não deve ser seguido de contato vaginal sem higiene prévia. “Parece óbvio, mas é um dos grandes motivos de infecções recorrentes”, afirma.
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E depois do sexo?
O pós-sexo também merece cuidado especial. Porém, a ginecologista esclarece um mito: urinar após o sexo não evita gravidez.
“Fazer xixi depois da relação apenas ajuda a limpar as vias urinárias, reduzindo o risco de cistite causada por atrito e bactérias. Não tem qualquer efeito contraceptivo”, destaca. Ela reforça que somente o uso de preservativos previne infecções sexualmente transmissíveis e reduz o risco de gravidez não planejada.
A lavagem externa após o sexo é recomendada, porém, duchas internas devem ser totalmente evitadas. “Jatos de água ou misturas caseiras empurram bactérias e resíduos para o colo do útero, podendo causar infecções graves como a doença inflamatória pélvica”, explica.
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Sabonetes íntimos: usar ou evitar?
De acordo com Elis, sabonetes neutros ou íntimos de marcas confiáveis são bem-vindos no cuidado diário. “O importante é evitar produtos caseiros, naturais sem registro ou receitas da internet. Eles podem causar irritações, alergias e até queimaduras químicas. O risco não compensa”, pontua.
A regra de ouro, segundo a especialista, é simples: boa higiene diária, produtos adequados e nunca usar duchas intravaginais, a limpeza deve ser sempre externa.
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