NOVEMBRO ROXO

Pré-eclâmpsia é uma das principais causas de parto prematuro

Especialista explica os riscos da doença, os sinais de alerta e a importância do acompanhamento pré-natal; taxa de prematuridade no Brasil está acima da média

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Em alusão ao Novembro Roxo, mês de conscientização global sobre a prematuridade, um alerta surge para a pré-eclâmpsia como um dos principais fatores que levam ao nascimento de bebês antes do tempo. A pré-eclâmpsia é um distúrbio hipertensivo que afeta cerca de 5% das mulheres grávidas, segundo dados da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com).

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A taxa de prematuridade no Brasil é de aproximadamente 11% a 12%, o que corresponde a cerca de 340 mil nascimentos prematuros por ano, e está acima da média global de 10%. Esta taxa, que pode variar entre as regiões do país, indica que mais de 12% dos bebês nascem antes das 37 semanas de gestação, como também se mantém como um dos dez países com maior número absoluto de nascimentos prematuros por ano.

A ginecologista e professora da Afya Itajubá, Júlia Reis, explica que a pré-eclâmpsia é uma das principais causas de parto prematuro, pois se trata de uma condição caracterizada pelo aumento da pressão arterial durante a gestação, geralmente a partir da 20ª semana (por volta do quinto mês), podendo vir acompanhada de inchaço acentuado e presença de proteínas na urina.

“Quando a pré-eclâmpsia se instala, há risco de comprometimento da saúde da mãe e do bebê, o que pode levar à necessidade de antecipar o parto para evitar complicações mais graves, como eclâmpsia ou sofrimento fetal. Por isso, o acompanhamento pré-natal é essencial para o diagnóstico precoce e o controle adequado da pressão arterial durante a gravidez.”

A especialista destaca que a condição é considerada muito grave porque a pressão começa a subir até o ponto de alterar o fígado ou causar convulsões na gestante, que é a eclâmpsia. “Além disso, a hipertensão compromete a circulação na placenta, reduzindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes para o feto. Isso pode fazer com que o bebê ganhe menos peso, entre em sofrimento ou precise nascer antes do tempo”, complementa a médica.

Exames e sinais de alerta

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2023, quase 12% dos nascimentos no Brasil aconteceram antes do tempo, totalizando cerca de 300 mil. Esses bebês enfrentam riscos maiores ou menores de problemas de saúde, dependendo do tempo que passaram na barriga da gestante.

A especialista ressalta que é fundamental realizar os exames que rastreiam a pré-eclâmpsia durante a gestação, e que já existem testes capazes de identificar se a paciente tem risco de desenvolver a doença.“Por isso, é tão importante fazer o pré-natal corretamente, seguir o acompanhamento médico e usar as medicações e suplementações indicadas. O cálcio, por exemplo, é uma vitamina essencial na prevenção, e o ácido acetilsalicílico também ajuda a reduzir o risco da condição.”

A médica ainda destaca os principais sinais de alerta que a gestante deve observar:

  • Dor de cabeça muito intensa, geralmente associada à pressão alta
  • Inchaço acentuado pelo corpo
  • Queimação forte no estômago
  • Diminuição do crescimento ou da movimentação do bebê

“Todos esses sintomas podem indicar pré-eclâmpsia e exigem avaliação médica imediata”, destaca Júlia.

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