Ministério da Saúde divulga nova idade para realizar mamografia; entenda
Antes, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) orientava apenas pacientes a partir de 50 anos para a realização do exame, independente da presença de sinais ou sintomas. Agora, o primeiro grupo (40 a 49 anos) terá acesso garantido ao exame, sem rastreamento obrigatório bienal
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O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (23/9) mudanças nas recomendações para a realização de mamografia. O exame é essencial para o diagnóstico e a prevenção precoce do câncer de mama. Agora, segundo informou a pasta, a mamografia é recomendada para pacientes de 40 a 49 anos, mediante vontade própria e indicação médica.
Antes, o protocolo oficial do Sistema Único de Saúde (SUS) orientava apenas pacientes a partir de 50 anos para a realização do exame, independente da presença de sinais ou sintomas. Agora, o primeiro grupo (40 a 49 anos) terá acesso garantido ao exame, sem rastreamento obrigatório bienal. Enquanto isso, o segundo (50 a 74 anos) será contemplado com rastreamento populacional a cada dois anos, e o terceiro (acima dos 74), terá decisão individualizada, de acordo com expectativa de vida e comorbidades. Vale lembrar que a faixa de rastreamento era restrita até os 69 anos, e agora se expandirá para os 74 anos de idade.
Especialista elenca mudança como "primordial"
Em entrevista, Gabrielle Scattolin, oncologista, membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, destaca que a mudança nas recomendações por parte do Ministério da Saúde são importante para a concretização de diagnósticos precoces de câncer de mama e outros problemas de saúde.
"Essa já era uma recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia. Já era uma realidade para clínicas privadas, e será, agora, estendida para o SUS", celebrou. "Cada vez mais, temos visto pacientes novas com diagnóstico de câncer de mama. Então, isso é fundamental para tentarmos fazer o diagnóstico precoce nessas pacientes de menor idade e diminuir a mortalidade", acrescentou.
Gabrielle também ressalta que o índice de casos de câncer de mama entre pacientes de 40 a 49 anos torna ainda mais importante a antecipação de consultas e exames. Estima-se, segundo a especialista, que cerca de 20% dos casos são diagnosticados nessa faixa.
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"Essa medida será ainda mais importante para aquelas que possuem histórico familiar de doenças como o câncer de mama. Essas pacientes podem ser portadoras de alguma síndrome genética, por exemplo, e um diagnóstico precoce seria de grande ajuda", explicou. "Tentar antecipar a ida para fazer exames pode favorecer o achado de lesões cada vez menores, iniciais, e aumentar as chances de cura", completou.