Câncer colorretal: medicina funcional e oncologia integrativa na prevenção
Abordagens mostram caminhos eficazes para reduzir riscos do câncer por meio do equilíbrio metabólico, alimentação natural e estilo de vida saudável
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Diante do aumento nos casos de câncer colorretal, especialistas em saúde integrativa têm reforçado a importância de estratégias preventivas que vão além da genética. Adriano Faustino, médico especializado em medicina funcional, oncologia integrativa e desenvolvedor do Protocolo C.A.U.S.A. – Câncer, Autocuidado, Unidade, Saúde e Ação, explica que o câncer é cada vez mais compreendido como uma doença metabólica — influenciada por fatores inflamatórios, oxidativos e desequilíbrios bioquímicos que podem ser modificados.
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“É importante entender que o risco de câncer não está determinado apenas pela herança genética. Alterações no metabolismo, marcadores de inflamação, estresse oxidativo e processos como a metilação também desempenham papéis fundamentais. E todos esses fatores podem ser equilibrados com mudanças no estilo de vida”, afirma Adriano. Segundo ele, a medicina funcional atua justamente nessa raiz do problema: na prevenção.
Ao melhorar esses parâmetros metabólicos, é possível reduzir de forma significativa a probabilidade de desenvolvimento de câncer. Um exemplo importante é o acompanhamento da homocisteína, uma substância associada não apenas ao câncer, mas também a doenças cardiovasculares como infarto e AVC.
Além do cuidado bioquímico, o estilo de vida tem impacto direto na prevenção, especialmente quando se trata do câncer de intestino.
Alimentação saudável — rica em vegetais frescos, frutas, fibras e isenta de produtos ultraprocessados —, atividade física regular e níveis adequados de vitamina D são pilares fundamentais para manter o organismo em equilíbrio e menos suscetível ao surgimento de tumores. “São medidas naturais, acessíveis e cientificamente comprovadas. O mais importante é ter constância e acompanhamento individualizado. A prevenção precisa ser proativa”, reforça Adriano.
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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 2023 e 2025, foram registrados 45.630 novos casos por ano no Brasil, sendo 21.970 em homens e 23.660 em mulheres. Isso o torna o 3º tipo de câncer mais comum, excluindo o de pele não melanoma. Além disso, a incidência é de 21,1 casos a cada 100 mil habitantes. Projeções futuras indicam um crescimento de 21% em 10 anos, estimando 58.830 casos novos em 2030 e 71.050 em 2040. Mais de 88% dos casos desse tipo de câncer ocorrerão em pessoas com 50 anos ou mais.
Diante de casos públicos recentes associados ao câncer colorretal, cresce o interesse da população por formas eficazes de se proteger. Nesse cenário, a medicina funcional e integrativa surge como uma aliada importante para uma saúde mais consciente e preventiva.
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