
Febre oropouche: saiba o que é, sintomas e cuidados
Dados do Ministério da Saúde mostram que 2024 já registra mais casos que em 2023 da doença infecciosa
Mais lidas
compartilhe
Siga noA Diretoria de Vigilância em Saúde de Cuiabá, no Mato Grosso, emitiu nessa quinta-feira (4) um alerta sobre o risco crescente de febre oropouche (FO), uma doença viral transmitida pelo mosquito conhecido como “maruim” ou “pólvora”. A medida pretende reforçar a vigilância e a detecção precoce de casos suspeitos no estado.
Conforme o órgão municipal, a iniciativa é uma resposta aos diversos surtos da infecção registrados em regiões do Brasil, Equador, Guiana Francesa, Panamá, Peru e Trinidad e Tobago, todas este ano.
Até o momento, não há casos confirmados da doença no Mato Grosso.
No Brasil, segundo a Vigilância em Saúde, até 24 de fevereiro, foram detectadas 2.104 amostras positivas do vírus, sendo a maioria concentrada na Região Norte, principalmente no Amazonas.
A febre oropouche é uma doença causada por um arbovírus, ou seja, um vírus transmitido por um mosquito, assim como ocorre com a dengue, zika e chikungunya. Mas não é só isso que as doenças têm em comum, os sintomas entre as duas infecções também são parecidos: dor muscular, dor de cabeça, dor nas articulações, náusea e vômitos e diarreia.
“Embora a febre possa causar sintomas debilitantes e complicações sérias, ela é considerada menos perigosa do que a dengue em termos de potencial para causar doenças graves”, avalia o Manuel Palacios, infectologista do Hospital Anchieta.
04/04/2024 - 17:25 Entenda as diferenças entre medicamentos pioneiros, genéricos e similares 04/04/2024 - 15:14 Dia do Combate ao Câncer: alimentação como aliada na prevenção da doença 05/04/2024 - 07:10 Por que brasileiros são tão fascinados por reality shows
De acordo com o Ministério da Saúde existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença. O Ciclo Silvestre, que neste os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus. O mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal transmissor nesse ciclo. E o Ciclo Urbano, neste os humanos são os principais hospedeiros do vírus.
“A melhor forma de proteção contra a febre de oropouche é evitar picadas de mosquitos, e isso pode ser feito pelo uso de repelentes e investindo em roupas que cubram a maior parte do corpo. Além de evitar a proliferação de mosquitos”, acrescenta o infectologista.
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. (Com informações do Estado de Minas)