A IA organizou dados de mais de 5 milhões de pessoas para identificar condições concomitantes em pacientes diagnosticados com a doença   -  (crédito: rawpixel.com/Divulgação)

A IA organizou dados de mais de 5 milhões de pessoas para identificar condições concomitantes em pacientes diagnosticados com a doença

crédito: rawpixel.com/Divulgação

Nos Estados Unidos, pesquisadores da Universidade da Califórnia identificaram alguns fatores de risco para o desenvolvimento do Alzheimer com sete anos de antecedência, como idade, histórico familiar e genética. A descoberta foi possível graças à contribuição da inteligência artificial, que organizou dados de mais de 5 milhões de pessoas para identificar condições concomitantes em pacientes diagnosticados com a doença. A pesquisa foi publicada no periódico científico Nature Aging em fevereiro.

Os estudiosos usaram um tipo de inteligência artificial chamado aprendizado de máquina, em que o algoritmo analisa grandes quantidades de dados e realiza previsões de acordo com padrões encontrados por ele. Foram encontrados fatores de risco precoces para o Alzheimer em homens e em mulheres: pressão arterial elevada, colesterol alto e deficiência de vitamina D.

A inteligência artificial ainda conseguiu prever quais pessoas desenvolveriam ou não o Alzheimer com sete anos de antecedência. A precisão da estimativa foi de 72%.

Alguns fatores de risco precoces para cada gênero também foram identificados. Em homens, disfunção erétil e aumento da próstata podem estar relacionados com o risco de desenvolver a doença. Para as mulheres, a osteoporose poderia ser um fator de risco.

A autora principal do estudo, Alice S. Tang, disse ao portal Medical News Today que espera que as descobertas realizadas pelos cientistas ajudem médicos a estabelecer uma abordagem clínica preventiva em seus pacientes.