Minas Gerais ampliou as coberturas da DTP (difteria, tétano e coqueluche), que passou de 76,7% em 2022 para 80,8% em 2023, e da pneumocócica, que saltou de 77% para 80,1% -  (crédito: Katja Fuhlert/Pixabay)

Minas Gerais ampliou as coberturas da DTP (difteria, tétano e coqueluche), que passou de 76,7% em 2022 para 80,8% em 2023, e da pneumocócica, que saltou de 77% para 80,1%

crédito: Katja Fuhlert/Pixabay

Minas Gerais registrou aumento na cobertura vacinal em seis dos oito imunizantes recomendados no calendário infantil para crianças com um ano de idade, com destaque para os números da poliomielite, que, neste ano, alcançaram 81,5%, o que representa um aumento de 6%, em relação ao ano passado quando foi registrado 76,9%.

O estado também ampliou as coberturas da DTP (difteria, tétano e coqueluche), que passou de 76,7% em 2022 para 80,8% em 2023, e da pneumocócica, que saltou de 77% para 80,1%. Os dados divulgados pelo Ministério da Saúde são preliminares e correspondem ao período de janeiro a outubro de 2023, comparados com todo o ano de 2022.

No estado, o mesmo ocorreu com as vacinas da hepatite A, que também registraram alta, com taxas que passaram de 82,1% no ano passado a 84,9% em 2023. Além do crescimento das aplicações da 1ª e 2ª dose de tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), que neste ano alcançaram 88,3% e 71% de cobertura, respectivamente. A vacina contra a febre amarela, indicada aos nove meses de idade, registrou aumento de mais de 5%, passando de 75% em 2022 para 79% em 2023.

Aumento foi registrado em todo o Brasil

A nível nacional, oito vacinas recomendadas do calendário infantil apresentaram aumento nas coberturas vacinais. Para as crianças com um ano de idade, os imunizantes contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, DTP (difteria, tétano e coqueluche) e tríplice viral 1ª dose e 2ª dose (sarampo, caxumba e rubéola) registraram crescimento. Também houve aumento na cobertura da vacina contra a febre amarela, indicada aos nove meses de idade.

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O resultado aponta para a reversão da queda dos índices vacinais que o Brasil enfrenta há cerca de sete anos, mesmo sem a consolidação dos dados para todo o ano de 2023. O avanço é fruto do planejamento multiestratégico adotado pelo Ministério da Saúde desde o início da gestão - com o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, a adoção do microplanejamento, o repasse de mais de R$ 151 milhões para ações regionais nos estados e municípios e o lançamento do programa Saúde com Ciência.

Ao comparar 2022 com 2023, a cobertura vacinal de hepatite A passou de 73% para 79,5%. O primeiro reforço da pneumocócica passou de 71,5% para 78% neste ano. A polio alcançou 74,6% de cobertura, ante os 67,1% do ano passado. Entre as vacinas indicadas para menores de 1 ano de idade, a que protege contra a febre amarela foi a que apresentou o maior crescimento, passando de 60,6% no ano passado para 67,3% neste ano, sendo que todos os estados registraram aumento de cobertura vacinal.

Outro destaque foi a vacina contra o papiloma vírus humano (HPV), que desde 2014 apresentava queda no número de doses aplicadas. A cobertura vacinal subiu 30% neste ano, mesmo com o incremento na população para a qual a vacina deve ser aplicada nesse período.

O sucesso da estratégia de regionalização, a partir do microplanejamento, levou à melhora dos índices vacinais para a DTP, que protege contra a difteria, tétano e coqueluche, em todos os estados brasileiros e o Distrito Federal. Além disso, 26 unidades federativas aumentaram a cobertura contra a poliomielite e da primeira dose de tríplice viral. Também: 24 estados tiveram alta na cobertura contra a hepatite A meningocócica e segunda dose de tríplice viral; e 23 melhoraram a cobertura da vacina pneumocócica.

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Ao longo de todo o ano, as equipes do Programa Nacional de Imunizações (PNI) percorreram o Brasil realizando oficinas com as secretarias de saúde e buscando soluções viáveis para a realidade de cada local. Entre as estratégias realizadas, estão vacinação extramuros, ampliação do horário das salas de imunização e busca ativa de não vacinados. A ideia foi permitir que o município se organizasse e se planejasse considerando a sua realidade local. Neste sentido, a estratégia de imunização foi adaptada conforme a população, a estrutura de saúde, a realidade socioeconômica e geográfica.