O consumo de alimentos reconfortantes pode ser uma ferramenta útil no tratamento de transtornos alimentares e outras condições psicológicas relacionadas à alimentação -  (crédito: Freepik)

O consumo de alimentos reconfortantes pode ser uma ferramenta útil no tratamento de transtornos alimentares e outras condições psicológicas relacionadas à alimentação

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Alimentos que proporcionam uma sensação de bem-estar e aconchego ao serem consumidos: esse é o conceito de comfort food, ou comida afetiva. São opções geralmente associadas à infância, a momentos felizes em família ou a algum evento marcante da vida de uma pessoa.

O site QBemQFaz, mantido pela Nestlé, ouviu a nutricionista Gabriella Oliveira que afirma que compreender a relação do paciente com a comida é crucial para uma prática efetiva. "O consumo de alimentos reconfortantes pode ser uma ferramenta útil no tratamento de transtornos alimentares e outras condições psicológicas relacionadas à alimentação. Esses alimentos geralmente possuem alto teor de carboidratos, açúcar ou ácidos graxos, como bolos, doces e chocolate", diz. Ela explica que algumas regiões específicas do cérebro associadas ao humor, como o hipocampo, a ínsula e o núcleo caudado, são ativadas durante episódios de desejo por comida, explicando a eficácia de determinados alimentos em proporcionar conforto e bom humor.

No entanto, alimentos como salmão, atum e nozes, também podem proporcionar bem-estar, pois contêm altos níveis de ácidos graxos, que afetam diretamente a região do cérebro responsável pelas emoções e pelo humor.

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Acredita-se que as características nutricionais, emocionais e sociais dos alimentos, combinadas com sua apresentação gastronômica, contribuem para uma maior aceitação dos alimentos. "A estratégia do comfort food foi comprovada em estudo com idosos hospitalizados, mostrando-se eficaz. É importante ressaltar que o comfort food não deve ser usado como solução rápida para problemas alimentares, mas sim como uma forma de proporcionar conforto e reduzir a ansiedade relacionada à alimentação", esclarece.

Em conclusão, comfort food pode ser uma aliada na nutrição, trazendo bem-estar físico e mental por meio de associações afetivas. "Às vezes, uma comida afetiva é tudo que precisamos para nos sentirmos melhores em meio ao estresse e aos problemas do cotidiano. Portanto, não se sinta mal ou culpado por saborear essas delícias de vez em quando", aponta.