Em sintonia com empresariado, Alckmin busca negociação com Estados Unidos

Vice-presidente se reuniu com representantes da indústria na manhã desta terça-feira para debater saídas para taxação imposta por Donald Trump. Governo brasileiro atua tanto para derrubar o tarifaço quanto para obter uma possível prorrogação de prazo caso não haja solução até o fim de julho

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O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira, 15, que o governo Lula está empenhado em resolver ainda em julho o impasse com os Estados Unidos sobre a tarifa de 50% aplicada a produtos brasileiros. Após comandar a primeira reunião do comitê interministerial criado para tratar do tema, Alckmin – também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços – reforçou que o Brasil busca um acordo por meio do diálogo, com o objetivo de evitar uma escalada comercial entre os dois países.

“Queremos resolver isso até o fim do mês. Estamos totalmente empenhados em buscar uma solução negociada, porque a taxação é injusta para o Brasil e negativa também para os próprios Estados Unidos”, disse o vice-presidente.

O encontro reuniu empresários de alguns dos setores mais afetados — como siderurgia, alumínio, calçados, têxtil, madeira, papel e celulose — além de representantes da CNI (Confederação Nacional da Indústria), da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e de diferentes áreas do governo.

A medida imposta pelo presidente Donald Trump deve entrar em vigor em 1º de agosto, mas o governo brasileiro busca tanto derrubar a taxação quanto negociar uma possível prorrogação de prazo caso não haja solução até o fim de julho.

Alckmin argumentou que a sobretaxa atinge negativamente não apenas a indústria brasileira, mas também empresas e consumidores norte-americanos. Ele destacou que, de janeiro a junho deste ano, as exportações brasileiras para os EUA cresceram 4,3%, enquanto os embarques americanos para o Brasil subiram 11,4%. “A balança é superavitária para eles. Essa taxação prejudica o Brasil, mas também encarece a economia americana”, pontuou.

O presidente da CNI, Ricardo Alban, defendeu previsibilidade e criticou respostas reativas: “É preciso negociar com racionalidade. Retaliação não resolve e só prejudica a estabilidade do setor produtivo”, disse.

Na mesma linha, o presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, demonstrou otimismo em relação a um entendimento: “Temos mais de 200 anos de boas relações comerciais com os EUA. Não faz sentido romper isso, vamos trabalhar pelo diálogo”, afirmou.

O governo deve intensificar também a agenda com o setor privado. Alckmin antecipou que novas reuniões estão previstas nesta semana com a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos e representantes de empresas americanas.

“Vamos trabalhar até o último minuto pelo entendimento, em benefício das empresas e dos trabalhadores brasileiros e americanos”, concluiu.

Na saída, empresários que não participaram da entrevista coletiva declararam que a reunião foi produtiva e o clima era de confiança nas negociações.

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