O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) criticou, na tarde desta terça-feira (9/12), a inclusão do processo de cassação do mandato de Glauber Braga (PSOL-RJ) na pauta da Câmara e a retirada do ar da TV Câmara durante pronunciamentos. Segundo ele, houve “tratamento desigual” entre diferentes casos em análise na Casa.
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Correia afirmou que as discussões ocorreram em meio à ocupação da mesa diretora por Glauber, que protestou contra a medida. “O deputado Glauber Braga está fazendo um protesto e ele sentou na mesa da presidência questionando por que o processo de cassação do seu mandato está na pauta”, disse.
Ele destacou que a pauta reúne situações distintas: o processo de cassação de Braga; o de Carla Zambelli, determinado pelo Supremo Tribunal Federal; e Ramagem, também alvo de decisão do STF. “O presidente Hugo Mota colocou no mesmo saco três casos que são completamente distintos, e ele faz esse questionamento”, afirmou.
Correia relatou que, durante pronunciamento de três minutos a que tinha direito, a transmissão da TV Câmara foi interrompida. “O grave é que o presidente Hugo Mota, ou a mesa, ou alguém, determinou que a TV Câmara fosse desligada, saísse do ar, no momento em que eu fazia um pronunciamento”, disse. Ele também afirmou que a Polícia Legislativa foi posicionada no plenário, indicando possibilidade de retirada de Braga da mesa.
O deputado defendeu a retirada do processo de Glauber da pauta. “Isso não tem nada a ver com os outros assuntos, principalmente no dia em que o presidente resolveu pautar anistia e redução de penas de crime de Jair Bolsonaro e seus generais. Então, o que fica contra o Glauber é apenas uma perseguição”, declarou.
Correia afirmou que o clima no plenário era tenso e relatou que a sessão foi suspensa. “O presidente terminou a suspensão por uma hora da reunião. Mas a gente não sabe o que aqui vai acontecer”, afirmou. Ele criticou a interrupção da TV Câmara: “É um absurdo que seja cortada a TV Câmara de ações que serão tomadas aqui dentro com os deputados. Isso é inadmissível. Nós estamos aqui vigilantes”.
