Condenado pelo STF, Silvinei Vasques é preso em fuga no Paraguai
Ex-chefe da PRF rompeu tornozeleira e usava passaporte falso; ele foi detido no aeroporto de Assunção ao tentar embarcar para El Salvador
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O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, foi preso nesta sexta-feira (26/12) no Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção, capital do Paraguai. A captura ocorreu quando ele tentava embarcar em um voo com destino a El Salvador, em uma tentativa de fuga da justiça brasileira. A informação foi confirmada pela Polícia Federal (PF) ao portal G1.
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De acordo com a PF, Silvinei deixou o Brasil sem autorização e cruzou a fronteira a partir de Santa Catarina. O rompimento do equipamento de monitoramento acionou os sistemas de alerta, o que levou ao reforço da vigilância nas fronteiras.
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O alerta do rompimento do equipamento de monitoramento acionou imediatamente os sistemas de segurança brasileiros. Com a informação, a representação oficial da polícia brasileira no Paraguai foi notificada, e um trabalho conjunto com as autoridades locais foi iniciado para localizá-lo, resultando na sua detenção no aeroporto.
No momento da abordagem, foi constatado que Silvinei Vasques utilizava um passaporte paraguaio autêntico, mas com dados de outra pessoa. O uso de um documento de identidade falso foi um fator determinante para sua prisão em flagrante pelas autoridades paraguaias.
Após a detenção em Assunção, o ex-diretor da PRF foi colocado à disposição do Ministério Público do Paraguai. O procedimento padrão nesses casos é a expulsão do país, com a entrega formal do foragido para as autoridades brasileiras na fronteira, onde deverá iniciar o cumprimento de sua pena.
Condenação no Supremo Tribunal Federal
A tentativa de fuga acontece após a condenação de Silvinei Vasques pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a uma pena de 24 anos e 6 meses de prisão. A sentença foi baseada em sua participação na trama golpista que buscava manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Ele integrava o chamado “núcleo 2” e foi condenado por promover ações para monitorar autoridades e dificultar o deslocamento de eleitores, especialmente no nordeste - região em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava à frente nas pesquisas-, durante o segundo turno da eleição presidencial, por meio de operações da PRF.
Leia: Silvinei é condenado a pagar R$ 546 mil por uso político da PRF
Antes disso, Silvinei já havia sido condenado pela Justiça Federal do Rio de Janeiro por uso político da estrutura da corporação durante a campanha eleitoral de 2022, para favorecer a candidatura de Bolsonaro à reeleição, resultando em multa superior a R$ 500 mil e outras sanções de natureza cível.
Preso preventivamente em 2023, Silvinei havia obtido liberdade posteriormente mediante medidas cautelares, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.
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*Com informações de Vinícius Prates