PL da venda da Copasa deve ser votado nesta terça-feira (2/12)
Todas as emendas apresentadas pela oposição em plenário foram rejeitadas pelo relator, deputado Zé Guilherme (PP)
compartilhe
SIGA
A Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária (FFO) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovou nesta segunda-feira (1º/12) parecer contrário às emendas ao Projeto de Lei 4380/2025, de autoria do governador Romeu Zema (Novo), que autoriza a venda da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), apresentadas no plenário, durante a tentativa de votação em primeiro turno, na semana passada.
Todas as 29 emendas apresentadas pela oposição ao texto foram rejeitadas pelo relator, o deputado estadual Zé Guilherme (PP), pai do secretário de Governo de Zema, Marcelo Aro (PP). O PL segue agora para votação em primeiro turno no plenário da ALMG. A proposta foi incluída na pauta do plenário desta terça-feira (2/12).
De acordo com o relator, as emendas alterariam a intenção original da proposição, dificultando a privatização da companhia e desvirtuando o objetivo do projeto. De acordo com o governo Zema, o intuito da venda da Copasa é garantir recursos para o pagamento dos investimentos em áreas como saúde e segurança pública que o executivo terá que fazer ao aderir ao Programa de Pleno Pagamento das Dívidas dos Estados (Propag). A estimativa é que a venda da companhia renda aos cofres do estado cerca de R$ 4 bilhões. Minas Gerais deve cerca de R$ 180 bilhões aos cofres da União.
Leia Mais
Entre as propostas rejeitadas pela base governista, estão a que vedava a venda, concessão, transferência de controle a Copasa para pessoas físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, com envolvimento em ato de corrupção e também a que destinava 10% dos recursos obtidos com a desestatização para o reaparelhamento e custeio das atividades de segurança pública.
Também foi rejeitada a emenda que aumentava para 36 meses o período de estabilidade dos empregados públicos da Copasa. O prazo de 18 meses de garantia de emprego já foi incluído no substitutivo ao projeto original apresentado pelo relator da FFO antes da tentativa de votação na semana passada.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para seu dia
A oposição tentou obstruir a votação do relatório e chegou a pedir, sem sucesso, sua retirada de pauta, alegando que o governo e a Copasa não forneceram informações detalhadas sobre questões que envolvem, por exemplo, o destino das barragens administradas pela companhia. No entanto, em minoria na comissão, a proposta foi derrotada.