
Boulos a Nunes: 'Não fica vermelho por mentir, é maquiagem ou cara de pau?'
Os candidatos à Prefeitura de São Paulo têm embate sobre apagão de São Paulo durante debate do segundo turno
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Siga noO deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos (Psol) alfinetou o adversário e atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), questionando o motivo pelo qual o chefe do Executivo municipal não fica "vermelho por mentir".
A indagação foi feita durante o segundo debate do segundo turno na capital paulista, promovido pela TV Band na noite desta segunda-feira (14/10). O debate da Band é o primeiro confronto direto dos candidatos desde o primeiro turno das eleições, em 6 de outubro. Isso porque ambos os postulantes foram convidados para o primeiro debate desta segunda etapa da corrida eleitoral, promovido pela CBN, mas Nunes não compareceu.
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"Ricardo, você gosta tanto de mentir para as pessoas que não fica nem vermelho. Não sei se é a maquiagem ou é cara de pau mesmo", afirmou Boulos durante o primeiro bloco do debate. Nunes reagiu: "Vai ficar me atacando?". E Boulos respondeu dizendo que aquele era o momento de sua fala: "Respeite por favor".
Para Boulos, a responsabilidade do apagão elétrico na cidade de São Paulo, que vem acontecendo desde sexta-feira (11/10), é da empresa de distribuição da cidade, a Enel, e do atual prefeito. Já Nunes responsabiliza o governo federal: "Entrei com três ações judiciais contra a Enel. Fui a Brasília, ao ministro de Minas e Energia pedir a rescisão do contrato. Fui ao Tribunal de Contas da União pedindo rescisão do contrato, tive várias reuniões com presidente da Agência Nacional de Energia Elétrica, e infelizmente não houve nenhuma ação. E a Enel continua atrapalhando na cidade", criticou.
Ao direcionar à população de São Paulo, o deputado federal indagou: "Você (eleitor paulista) acha que ele (Nunes) fez o trabalho dele? Você está satisfeito com o serviço de poda de árvore? Quem mais pode responder é você, que ficou ligando para a prefeitura sem parar para tirar uma árvore de frente da sua casa ou retomar a luz".
"Aliás, são mais de 7 mil podas na fila de espera. Demora mais de um ano para uma poda na cidade de São Paulo. É muita ineficiência do seu governo, Ricardo. Você foge das responsabilidades", criticou.
Em resposta, Nunes afirmou que estão na fila 6 mil podas de árvore, mas que não são concretizadas pela proximidade com fios, uma responsabilidade que seria da Enel. Ele ainda rebate: "Há 109 árvores que ainda estão atrapalhando o trânsito e o corte. Se você, Guilherme Boulos, vem defender a Enel, eu lamento. Virei a noite de sexta para sábado e de sábado para domingo acompanhando minha equipe trabalhando".
Como funciona o debate?
Em novo formato, o debate começa com cada candidato respondendo a uma pergunta da produção da Band por dois minutos. Na sequência, há confrontos diretos, com temas livres e 12 minutos para cada oponente, além de dois minutos de resposta do rival.
Os postulantes podem caminhar pelo palco, porém é aconselhado que eles não falem, reajam ou se movimentem bruscamente, para não atrapalhar o adversário.
Já no segundo bloco, irão responder a questões de quatro jornalistas do Grupo Bandeirantes de Comunicação, que vão questionar Boulos e Nunes de forma intercalada. Cada um terá três minutos para resposta e tréplica, além de um minuto para comentário.
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O terceiro bloco será marcado por mais confrontos diretos, com os postulantes controlando o próprio tempo. Nas considerações finais, os candidatos terão dois minutos para discutir sobre os cinco temas mais pesquisados pelo público durante o período do debate, selecionados pela Sala DigitaldaBand.