Jaques explicou que o acordo é para que a sessão de análise dos vetos não seja adiada mais uma terceira vez -  (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Jaques explicou que o acordo é para que a sessão de análise dos vetos não seja adiada mais uma terceira vez

crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Correio Braziliense - O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), afirmou nesta terça-feira (30/4), que se reunirá com os ministros palacianos em meio a tensões entre o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na pauta, a judicialização da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia e dos municípios.

 

Segundo Jaques, inicialmente, um almoço estava agendado entre o líder no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e os ministros Alexandre Padilha, de Relações Institucionais, e Rui Costa, da Casa Civil, juntamente com Pacheco, na residência Oficial do Senado. A ideia era tratar dos vetos presidenciais ao Orçamento 2024 que devem ser derrubados por completo ou parcialmente na sessão do Congresso, prevista para acontecer na próxima quinta (9/5).

 

 

“Eu estive ontem (29/4) com o presidente Pacheco, longamente, conversando por mais de uma hora e meia. Evidentemente que ele se ressentiu de algumas movimentações que foram feitas, mas eu acho que todo mundo aqui tem, principalmente ele, que ter maturidade para saber que, óbvio, você se aborrece com uma determinada atitude, mas não vai ficar perdurando. O mais importante é tocar a vida e votar aquilo que é necessário”, comentou Jaques.

 

Apesar do clima tenso, interlocutores de Pacheco afirmam que houve um “desencontro nas agendas” dos líderes, do presidente do Senado e dos ministros.

 

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar monocrática em que suspende trechos da lei que prorroga a desoneração até 2027.

 

Nessa segunda (29/4), o julgamento alcançou o placar de 5 votos a 0 pela inconstitucionalidade da medida e foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luiz Fux.